Jocelyn Bell Burnell, uma das principais astrofísicas do Reino Unido, fez uma das descobertas mais importantes para a física na década de 1960, e a pesquisa chegou a ganhar um Nobel. A premiação, contudo, a deixou de fora. Cinco décadas depois o trabalho da cientista finalmente foi reconhecido, e ela ganhou o Prêmio Especial de Inovação em Física Fundamental, do Breakthrough of the Year , o mais lucrativo para a ciência moderna, e quer, agora, doar o valor da premiação para que mais mulheres, minorias étnicas sub-representadas e estudantes refugiados se tornem cientistas.
A ideia, segundo a britânica, é converter o montante de 2,3 milhões de libras (equivalente a cerca de R$ 12 milhões) que vai receber em bolsas de estudos para transformar integrantes desses grupos minoritários em pesquisadores de física.
“Eu não quero nem preciso do dinheiro e me pareceu que esse fosse, talvez, o melhor uso que eu poderia dar a ele”, disse Burnell à BBC News, afirmando acreditar que grupos como esses podem fazer a diferença com novas ideias nessa área do conhecimento.
A astrofísica teve participação chave em pesquisa sobre objetos cósmicos que iluminam o céu. Em 1967, Burnell encontrou o primeiro Pulsar, estrela de nêutrons que transforma energia rotacional em energia eletromagnética, durante sua pós-graduação na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
A cerimônia de premiação será realizada no dia 4 de novembro no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Pessoas que mudam o mundo!
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