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No Brasil, estima-se que aconteça um estupro a cada 11 minutos, a subnotificação dos casos também é grande e somente 10% deles são levados à polícia, segundo o Ipea. São 50 mil casos registrados por ano, mas a estimativa é que existam pelo menos 450 mil.

Em uma pesquisa feita pelo Datafolha em 2016, 42% dos homens disseram que “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, enquanto 32% das próprias mulheres acreditam nessa mesma premissa. No mesmo estudo, 30% disseram que “mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”.

Uma exposição de roupas de vítimas de estupro na Bélgica, porém, contradiz essa lógica. Exibida em Bruxelas, a mostra traz trajes que mulheres e meninas estavam usando no dia em que sofreram a violência sexual e reúne calças e blusas discretas, pijamas e até camisetas largas. O objetivo dos organizadores é derrubar o “mito teimoso” de que roupas provocativas são um dos motivos que leva a crimes de violência sexual.

 

"A culpa é minha?", exposição rompe mito de 'culpa da mulher' em estupro Foto/Reprodução

 

A exposição levou o nome de “A culpa é minha?”, em referência à pergunta que muitas vítimas se fazem depois de um ataque.

 

"A culpa é minha?", exposição rompe mito de 'culpa da mulher' em estupro Foto/Reprodução

 

​Enquanto vítimas são acusadas de se vestirem de maneira provocativa ou de andarem sozinhas na rua à noite, Lisbeth Kennes, organizador da exposição reforça: “Só há uma pessoa responsável, uma pessoa que pode prevenir o estupro: o próprio estuprador”.