Fé e esperança para enfrentar o caos
Por Wilson Aquino, Jornalista e Professor
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Em meio a um cenário tumultuado, onde nosso país enfrenta não apenas crises econômicas, mas também sociais e morais, torna-se imperativo mantermos a chama da fé e da esperança acesa. Diante da desalentadora realidade marcada pela ausência de ética e compromisso por parte de líderes públicos, surge a necessidade de trilharmos um caminho de renovação, cobrando das autoridades uma conscientização genuína e um engajamento efetivo em prol do progresso nacional.
Os preços dos alimentos e produtos essenciais crescem incessantemente, impactando diretamente a vida de todos os cidadãos. Além disso, serviços básicos como água, energia elétrica e combustíveis se tornam cada vez mais onerosos, sobrecarregando o orçamento das empresas e das famílias. Os tributos também pesam de forma exorbitante, sem proporcionar retorno compatível em serviços públicos. Essa carga tributária sufocante afeta tanto o consumidor quanto os empreendedores, levando muitas empresas a fecharem suas portas. O comércio, outrora vibrante, agora exibe uma melancólica e triste paisagem de lojas fechadas ou vazias, um reflexo da crise que se alastra.
A crescente crise econômica e a aparente indiferença das autoridades diante dela levantam questionamentos sobre o verdadeiro compromisso desses líderes com o bem-estar da população. Enquanto muitos enfrentam dificuldades para sustentar suas empresas e famílias, observa-se um contraste gritante com a prosperidade desfrutada por aqueles que detêm o poder. Salários exorbitantes, benefícios excessivos e uma desconexão latente com a realidade parecem ser a norma em todos os poderes da nação. Essa disparidade suscita um profundo sentimento de indignação e desamparo entre os cidadãos.
É chegada a hora de redefinirmos nossa perspectiva como sociedade e cobrarmos uma mudança real. As autoridades, em todas as esferas do poder, devem ser guiadas por princípios de justiça, empatia e comprometimento verdadeiro. O papel dos governantes transcende o simples exercício do cargo; eles são responsáveis perante Deus e a nação, por desenvolver um trabalho digno e honrado em benefício da coletividade. As ações dos líderes moldam o destino da população e devem ser pautadas pelo bem comum, pela equidade e pelo respeito aos direitos de todos. O que, lamentavelmente, não temos visto nesses últimos tempos, tanto no Legislativo e Executivo como também no Judiciário brasileiro.
Em tempos de desafios e incertezas, encontramos conforto e orientação nas palavras sagradas da Bíblia. Elas não apenas nos fornecem consolo espiritual, mas também nos oferecem insights profundos sobre como enfrentar as dificuldades e buscar justiça, especialmente quando se trata da responsabilidade das nações em governar para o bem-estar de seu povo.
No que diz respeito à responsabilidade das nações em governar para o bem de seu povo, Provérbios 29:2 nos oferece uma reflexão impactante: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Essa passagem sublinha a conexão entre a qualidade da liderança e o bem-estar da população. Revela que a escolha de líderes justos e compassivos tem um impacto direto na alegria e no sucesso da nação como um todo.
É crucial lembrar as palavras que ecoam em Salmos 22:27-28: “Todos os confins da terra se lembrarão e se voltarão para o Senhor, e todas as famílias das nações se prostrarão diante dele, pois o Senhor é o reino; ele governa as nações”. A crença na justiça divina e a confiança na capacidade humana de se unir em prol do bem maior nos inspiram a seguir em frente, mesmo diante das adversidades.
No livro de Isaías, capítulo 1, versículo 17, encontramos uma exortação poderosa que ecoa através dos tempos: “Aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.” Essas palavras ressoam como um apelo urgente à responsabilidade das autoridades governamentais e líderes em toda a nação. Deputados e senadores, por exemplo, representantes do povo e dos estados, precisam ser cobrados duramente para que cumpram seu papel, sob pena de nunca mais serem reeleitos. Muitos deles hoje não merecem estar lá.
Nossa sociedade deve se unir em busca de soluções concretas para os desafios que enfrentamos. A cidadania ativa, a busca por informações e a participação em processos democráticos são meios poderosos para influenciar mudanças positivas. É fundamental que nos mantenhamos vigilantes, cobrando responsabilidade, transparência e ações que verdadeiramente contribuam para o avanço do país.
Em resumo, a esperança e a fé são faróis que nos guiam nas tempestades da vida. Mesmo diante das dificuldades, acreditamos que ações conscientes e a busca incessante por uma sociedade mais justa e igualitária são essenciais. Devemos honrar nosso papel como cidadãos, promovendo a mudança e exigindo que nossos líderes (presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores) trabalhem com dedicação e integridade para construir um futuro digno para todos. Se assim não for, que sejam alijados da vida pública pelo poder do verdadeiro e transparente voto impresso e auditável.
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