Por Aristóteles Drummond

No Estado Novo de Getúlio Vargas, tempo em que o carioca no verão podia
dormir de janela aberta, o responsável pela segurança pública era o tenente de 30 Filinto
Müller. Homem cordial e educado, exerceu quatro mandatos no Senado, tendo inclusive
sido líder do governo JK, mas foi tachado de violento e de acobertar violência contra
presos políticos. Uma narrativa para anular o reconhecimento de todos pela segurança
reinante na então capital da República. Chegaram a acusá-lo de mandar para a
Alemanha nazista uma militante comunista,condenada por crime de morte, quando a
decisão foi do Tribunal de Segurança Nacional. E o fato se deu seis anos antes dos
campos de concentração.
 
Agora, quando vivemos uma época de grande violência nos principais centros
urbanos do Brasil, em que mais do que nunca a sociedade precisa da proteção policial,
parte da mídia, por clara influência da esquerda, atua para controlar o trabalho desses
servidores públicos que arriscam suas vidas para defender o cidadão. As perdas de
policiais, muitos em dias de folga, não são registradas nem lamentadas.
 
As polícias dos estados do Rio, Minas e São Paulo estão fazendo um bom
trabalho, apesar desta inacreditável orquestração intimidatória. Os governadores não
podem nem devem recuar no apoio que têm oferecido a seus policiais, que contam com
grande simpatia popular. Exemplares os governadores do Rio e de São Paulo.
 
Ao contrário de outras categorias, os policiais faltosos por abusos ou
cumplicidade com o crime são punidos com o afastamento de suas funções.
 
Aperfeiçoar o controle é uma coisa. E garantir a liberdade do policial cumprir
missão relevante é oportuno. Nosso orçamento da União tem recursos suficientes, que
precisam ser gastos de maneira mais objetiva.
                A eficiência das polícias é comprovada pela velocidade com que muitos casos
são elucidados.
 
Os críticos das polícias devem sempre lembrar que ruim com elas, pior sem elas.