A chance de a LIGHT recuperar é uma realidade, o setor elétrico agradece

Por Aristóteles Drummond  O capital é o fundamento do regime regulado pelo mercado, mas não é tudo. Empreender, como governar, é uma arte que pede carisma, liderança, coragem e vocação. Por isso, boa parte dos empreendedores de sucesso em todo mundo aprenderam no dia a dia e não nas universidades. Empresário não se improvisa. O Brasil, em especial o […]

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Aristóteles Drummond

Por Aristóteles Drummond 

O capital é o fundamento do regime regulado pelo mercado, mas não é tudo. Empreender, como governar, é uma arte que pede carisma, liderança, coragem e vocação. Por isso, boa parte dos empreendedores de sucesso em todo mundo aprenderam no dia a dia e não nas universidades. Empresário não se improvisa.

O Brasil, em especial o Rio de Janeiro, assiste a este inacreditável derretimento da mais emblemática de suas distribuidoras de energia elétrica, a Light, que fez o progresso brasileiro por décadas limitado à sua área de concessão, no Rio e em São Paulo. Mais de um século de eficiência e lucratividade jogado fora pela arrogância e imediatismo de gestores sem afinidades com a empresa e com o mercado peculiar, singular. Não faz sentido a cumplicidade com maus gestores. Acionistas, consumidores, fornecedores, funcionários e autoridades aspiram uma solução de mercado, que injete recursos e competência na empresa.

Sua recuperação parecia difícil quando surgiu o interesse de Nelson Tanure em seu resgate. O vitorioso empresário, dos mais relevantes do mundo empresarial atual, é tudo que a empresa precisa para sobreviver e voltar a prestar bons serviços e remunerar seus acionistas.Tem histórico de sucesso e correção.

O aporte de capital suposto é até secundário. A Lightpede um gestor de visão, consciente das responsabilidades decorrentes de uma concessionária de serviço essencial. Qualquer recurso administrado com competência, credibilidade e segurança ganha significado e viabiliza uma empresa com esta história. A missão não é para amadores. Delegar a executivos que só pensam em bônus não tem dado certo. Vide o caso Americanas.

Salvar o Rio de problemas decorrentes da falência da empresa, de uma gestão equivocada no mínimo, pede a união dos homens de boa vontade no setor público como no privado. É a sociedade como um todo que ganhaesperança de uma solução feliz, o que certamente deseja os governos do Estado e da União.

Infelizmente, o preço que se paga pelo talento, pelo sucesso, é enfrentar a inveja daqueles que não suportam o êxito de terceiros. Mas o caso Light é de tal importância que sabotar a proposta salvadora por sentimentos menores pode custar caro a sociedade. O soerguimento do Rio pede uma Light de pé e bem gerida. E investidores com o perfil de Tanure são raros hoje em dia. Este investe e comanda.

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