O vereador Sinval Batista (PSDB) e seu advogado são investigados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo suposto sumiço de um documento que integra os trabalhos da que foi aberta contra o parlamentar e que pode resultar em sua cassação, por quebra de decoro.

A abertura do inquérito foi publicada no Diário Oficial do MPMS desta sexta-feira (13) para apurar “suposta prática de ato de administrativa, cometido pelo vereador Valcide Batista dos Santos [nome de Sinval] e seu Patrono, Dr. Osiel Ferreira de Souza [advogado de Sinval], consistente na subtração de documento público”.

Um vídeo do registro interno da Câmara Municipal provaria a subtração da folha, referente a página 29 do processo, feito pelo vereador com auxílio do advogado, segundo justifica o MP para realizar a abertura do inquérito.

A Comissão Processante teria sido aberta após áudio ter circulado em grupos do WhatsApp com supostamente a voz de Sinval afirmando que vereadores da Câmara de receberem “mensalinho” do prefeito Aluízio São José. Como nada foi provado, os colegas de Casa do tucano resolveram abrir procedimento contra ele.

O sumiço da página teria ocorrido no dia 11 de junho e foi denunciado pelo presidente da comissão, o petista Abilio Vaneli, e pelo também petista e presidente da Câmara, Vladimir Ferreira. Ao se defender das acusações, os dois foram alvos de ataques tanto do vereador como de seu advogado.

Em documento enviado ao MPMS, Valcide e Osiel relatam que o sumiço da folha não procede, já que quando houve intimação para apresentação da defesa prévia sequer o referido documento foi entregue juntamente com os demais documentos.

A dupla ainda declara que as afirmações de Vaneli são caluniosas, exageradas e “verdadeiras afrontas mentirosas”, ressaltando que em momento algum o processo foi retirada da Comissão e muito menos da Casa.

Por fim, eles classificam o vídeo que os incriminariam de armação para cassar Sinval, que não compactuaria com desmandos, e citou que não fica surpreso com a atitude dos vereadores, que seria algo típico de “políticos do PT” e que afundaram o Brasil em um “mar de lama de corrupção sistêmica”.

Suspeitas sobre o contrato de publicidade mantido pela Câmara Municipal, avaliado em R$ 1,5 milhão, também foram feitas pelos dois em suas defesas, já que o presidente da Casa é Vladimir Ferreira, também seu opositor.