Luiz Gustavo Rodrigues Nogueira,conhecido como “Chicote”, e Jozoelson Pereira de Paula, também conhecido como “Caverna”, foram presos por policiais da 2ª Delegacia de Polícia como responsáveis pelo assassinato de Márcio Rodrigues da Rocha, que aconteceu no dia 20 de maio do ano passado, no bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande. A prisão foi decretada em julho de 2013, mas passados sete meses (fevereiro deste ano), a Justiça já os colocou em liberdade sob a alegação de que teriam emprego e residência fixa.
O delegado Weber Luciano de Medeiros, titular do segundo DP e responsável pela prisão da dupla, não escondeu a sua indignação com a decisão da Justiça. “Estou realmente indignado. Não consigo entender os motivos que levaram a esta decisão. Fica difícil combater a criminalidade, pois fica a certeza da impunidade”, desabafou afirmando que os suspeitos possuem uma extensa ficha de antecedentes por vários crimes.
Segundo o delegado, além de contarem com uma extensa ficha criminal, eles foram presos no caso deste assassinato com fundamentação em várias provas coletadas como comprovação através de balística, onde os projéteis encontrados no corpo da vítimas (saíram do revólver utilizado por Jozoelson, um Taurus calibre 38) e principalmente com confissão do autor dos disparos.
Em sua defesa, Luiz Gustavo sempre negou a participação no crime, embora a moto utilizada no dia do crime esteja em seu nome. No entanto, ele foi indiciado e teve a prisão preventiva decretada. Por decisão judicial, também vai aguardar o julgamento em liberdade.
Nas investigações, além do revólver, foram apreendidas as cápsulas deflagradas em um terreno na Vila Carolina.
No exame necroscópico, conforme o delegado, ficou claro que os suspeitos agiram com extrema crueldade. “A vítima estava sentada na varanda, quando Jozoelson desceu da moto e desferiu os dois primeiros tiros. Talvez tentando se esconder, a vítima correu e foi alvejada novamente por mais dois projéteis. Depois do crime, Jozoelson subiu na garupa do veículo que teria Luiz Gustavo como piloto”, explica.
“Eles são perigosos, tem perfil de pistoleiros e não poderiam estar soltos. Por este crime de assassinato, especificamente eles estariam sujeitos a uma pena de reclusão de 12 a 30 anos. Não será surpresa se estiverem envolvidos em outros crimes”, concluiu o delegado.
