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Política

Lei do Pantanal deve impulsionar legislação federal para proteção do bioma, afirma deputada Camila Jara

Compromisso de Arthur Lira é de aprovar lei até o fim do mandato
Renata Portela, Evelin Cáceres -
Deputada federal Camila Jara | (Gabriel Paiva, Câmara dos Deputados)

Nesta segunda-feira (20), a Camila Jara (PT), responsável pela Frente Parlamentar em Defesa do Pantanal na Câmara dos Deputados, garantiu o compromisso do presidente da Casa Arthur Lira (PP) em aprovar uma lei federal do Pantanal até 2024. O projeto ainda depende da Lei do Pantanal a ser instituída pelo Governo de Mato Grosso do Sul.

No dia 10, o governador Eduardo Riedel (PSDB) chegou a declarar que entre os dias 23 e 24 de novembro o projeto de lei seria encaminhado para discussão na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).

Desta forma, a proposta pode ser avaliada, discutida e votada antes do recesso parlamentar. “Existe o compromisso do Riedel em aprovar a lei estadual antes do recesso parlamentar neste ano. Só podemos aprovar uma lei federal após a aprovação da lei estadual”, lembrou a deputada.

Ainda segundo Camila Jara, a lei aprovada será estudada, para que sejam aproveitados os pontos bons tanto para Mato Grosso do Sul quanto para Mato Grosso, estados onde fica compreendido o bioma pantaneiro.

Além disso, a deputada garantiu que conversa com a deputada paraguaia Johanna Ortega sobre as necessidades de preservação do pantanal no país vizinho. “Tudo isso com o compromisso do Lira de até o final do mandato nós termos uma Lei do Pantanal aprovada”, garantiu.

Proposta será encaminhada para a Alems

A proposta da Lei do Pantanal está próxima de ser discutida e votada. É isso que prevê o governador Eduardo Riedel (PSDB), em declaração dada no último dia 10.

A elaboração da lei ocorre após série de reportagens do Jornal Midiamax sobre irregularidades e desmatamento promovido pelo empreiteiro André Luiz dos Santos, o Patrola, com obras de rodovias no Pantanal. Ele é alvo de inquéritos.

Questionado sobre o projeto, Riedel garantiu que a proposta está na fase final de elaboração e entre os dias 23 e 24 de novembro chega até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. “Terá tempo para discussão e manifestação de todas as partes”, afirmou.

Ainda segundo o governador, as ações de construções de várias partes interessadas são feitas semanalmente, junto com o Ministério do Meio Ambiente, produtores rurais e ambientalistas, “para chegarmos à lei equilibrada e legítima”, disse.

Riedel ainda lembrou que o interesse é de preservar o bioma, mantendo os produtores rurais. “Daremos valor econômico ao meio ambiente. É uma discussão global e a lei insere essa modernidade com a precificação do carbono, da água e da biodiversidade. Isso será colocado na lei”, pontuou.

Obras paradas

O Jornal Midiamax publicou série de notícias que ligam as obras de pavimentação em rodovias do Pantanal com o desmatamento desenfreado, sem a devida licença ambiental. No fim de junho, inquérito civil foi instaurado para apurar o desmatamento na região.

Na época, a promotoria anexou uma matéria do Jornal Midiamax nos autos. Publicada um dia antes do registro da notícia de fato, a reportagem retrata a supressão de vegetação em áreas de preservação ambiental.

Com a investigação, o MPMS alterou o objeto da notícia, que agora apura a “regularidade da implantação/prolongamento da estrada/rodovia MS-228, em processo de construção pela empresa ALS Logística e Transportes [CNPJ 05.370.728/0001-29], no Município de ”.

Além disso, a promotora Ana Rachel Nina pediu para anexar os documentos enviados pelo Governo do Estado sobre as obras na região do Pantanal à notícia de fato nº 01.2023.00007140-5. Entre eles, o extrato do termo de paralisação das obras de revestimento primário no acesso à ponte do Taquari na MS-214 em Corumbá.

Assim como a paralisação das obras na MS-228, o termo da MS-214 foi paralisado retroativamente. Publicado em 21 de junho no DOE (Diário Oficial do Estado), o documento foi assinado em 18 de maio de 2023.

Licenças ambientais

O processo de licenciamento ambiental de obras no Pantanal, solicitado pelo (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), foi iniciado pela (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), e será concluído até o fim do ano, após o órgão de contas constatar que sequer havia licença ambiental nas obras do empreiteiro.

O TCE-MS definiu o prazo de quatro meses em decisão assinada pelo presidente da Corte, Jerson Domingos. Na mesma publicação, o Tribunal derrubou as medidas cautelares que suspenderam a implantação de revestimento primário em estradas do Pantanal. A ação do TCE-MS permite reparos emergenciais em obras da região pantaneira antes que o período de cheia comece.

“Temos um compromisso inalienável com o desenvolvimento sustentável. É preciso pavimentar o caminho social aliado ao respeito com o meio ambiente”, destacou o presidente do TCE-MS.

As obras seguem paralisadas pela Agesul até dezembro, podendo a paralisação ser mantida até que a Lei do Pantanal seja sancionada.

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