A oposição não reclamou e o deputado Pedro Kemp (PT) chegou a declarar que passariam sem problemas. Mas, os deputados Zé Teixeira (DEM) e Osvane Ramos (PROS) avisaram que pediriam vistas em dois projetos
A Assembleia Legislativa aprovou na sessão desta terça-feira (17), última do ano, um pacote de 10 projetos enviados pelo governador André Puccinelli (PMDB). A oposição não reclamou e o deputado Pedro Kemp (PT) chegou a declarar que passariam sem problemas. Mas, os deputados Zé Teixeira (DEM) e Osvane Ramos (PROS) avisaram que pediriam vistas em dois projetos.
Osvane sinalizou rejeição ao projeto de lei que reajusta o salário dos professores, mas acabou voltando atrás em respeito aos servidores. Porém, não deixou de criticar a postura do presidente da Fetems, Roberto Botareli.
“Ele foi deselegante com os 24 deputados. De maneira agressiva, insinuou que os deputados não aprovariam o projeto porque os filhos não estudam em escola pública. Ele representa a categoria e não pode agir com política, porque é pré-candidato a deputado estadual”, criticou.
Botareli acompanhava o desenrolar da situação das cadeiras do plenário e não gostou de saber que o deputado poderia pedir vistas. “Ele acha que ser professor é uma ofensa. Disse para ele dar aula por um mês para ver se é bom. Ele vai ver o canhão que vai arrumar para ele em 2014”, dizia Botareli ao companheiro de partido de Osvane, Lauro Davi. Apesar da confusão, Osvane acabou votando a favor do projeto.
Fundersul
O deputado estadual Zé Teixeira, que pertence à base do governador André Puccinelli, fez às vezes de oposição e ameaçou votar contra o projeto que destinava verba do Fundersul para recuperar vias urbanas.
“O Fundersul tem fins específicos. É para recuperar estradas, pontes e não para recuperar vias urbanas. Tem que fazer o comércio ajudar a recuperar e não pegar dinheiro da agricultura”, protestou o deputado.
Após várias idas e vindas, com direito a reunião com deputados da base, Zé Teixeira concordou em deixar passar o projeto. Todavia, apresentou uma emenda retirando o dinheiro do Fundersul do Combustível e Álcool, para não prejudicar o recapeamento de estradas. Os demais projetos, que mudavam cargos e salários de servidores, foram aprovados sem problemas.
