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Suíços rejeitam salário mínimo de R$ 10 mil

Resultados iniciais sugerem que a Suíça rejeitou, em referendo, uma proposta para criar o maior salário mínimo do mundo, uma ideia que o governo e lideranças dos negócios criticaram como uma proposta que poderia levar os altos custos do país a patamares ainda mais elevados. A TV suíça informou neste domingo (18), com base em […]
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Resultados iniciais sugerem que a Suíça rejeitou, em referendo, uma proposta para criar o maior salário mínimo do mundo, uma ideia que o governo e lideranças dos negócios criticaram como uma proposta que poderia levar os altos custos do país a patamares ainda mais elevados.

A TV suíça informou neste domingo (18), com base em contagem de votos não oficial, que a ideia de criar um salário mínimo de 22 francos suíços – US$ 24,70 ou R$ 54,60 – por hora foi rejeitada em todos os 26 cantões (equivalentes a Estados) do país, por 76,3% dos votos ante 23,7% a favor.

O pedido do exército para gastar de gastar 3,1 bilhões de francos suíços (US$ 3,5 bilhões ou R$ 7,7 bilhões) para comprar novos caças Gripen, da Saab, foi derrotada por uma margem apertada, com 53,4% contra e 46,6% a favor da aquisição.

Numa conferência na capital da Suíça, Berna, membros do Conselho Federal – composto de sete ministros, o que inclui o presidente – confirmaram os resultados. Eles comemoraram a rejeição do salário mínimo.

“Um salário fixo nunca foi uma forma de combter o problema [da pobreza]”, disse o ministro da Economia, Johann Schneider-Ammann. “Se a iniciativa tivesse sido aceita, teria levado à perda de postos de trabalho, especialmente em áreas rurais onde gente menos qualificada têm dificuldade de encontrar emprego. O melhor remédio contra a pobreza é trabalho.”

A proposta teria eclipsado os maiores salários mínimos do mundo, que vigoram em outros locais da Europa. Organizações sindicais apoiaram-na como uma maneira de combater a pobreza num país em que tem alguns dos preços mais altos e das cidades mais caras do mundo.

Pesquisas de opinião, entretanto, indicaram que muitos votantes estavam ao lado do governo e dos líderes de negócios, que argumentavam que a medida causaria perda de empregos e de competitividade da economia.

Atualmente, a Suíça não tem salário mínimo, mas o salário médio por hora fica em 33 francos – US$ 37, ou R$ 81.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que organiza dados dos salários mínimos de acordo com o poder de compra (PPP, na sigla em inglê), coloca como maiores salários mínimos do mundo os de Luxemburgo, de US$ 10,66 (R$ 23,55); França, de US$ 10,60 (R$ 23,43); Austrália, de US$ 10,21 (R$ 22,56); Bélgica, de US$ 9,97 (R$ 22,04); e Holanda, de US$ 9,48 (R$ 20,95). O salário mínimo dos Estados Unidos, de US$ 7,11 (R$ 15,71), é o décimo da lista.

Ajustado pelos preços do país, a OCDE diz que a proposta de salário mínimo da Suíça teria representado cerca de US$ 14 (R$ 30,95) por hora baseado numa semana de 42 horas de trabalho.

País impedirá pedófilos de trabalhar com crianças

O ministro da Defesa da Suíça, Ueli Maurer, que havia feito pressão a favor do Gripen, reconheceu que o voto expõs as “diferenças” no nível de apoio pelo mundo que teria de ser administrado em razão do “vazio que será criado em nosso país em termos de segurança aérea.”

Os votantes ainda tiveram de decidir sobre outras duas propostas neste domingo (18), resultado do sistema de comando popular único da Suíça que se exprime em um sem-fim de referendos propostos pelos cidadãos, um governo federal fraco e governos estaduais fortes.

Uma iniciativa para emendar a constituição do país e impor um impedimento para o resto da vida de que pedófilos condenados possam trabalhar com crianças ganhou apoio de 63,5% dos votantes, ante 36,5% contrários.

A ministra da Justiça Simonetta Sommaruga disse que o voto enviou uma mensagem clara de preocupação com a proteção das crianças contra abuso sexual. Ela expressou preocupação, entretanto, com o fato de que a mudança obrigará um banimento “automático e sem distinção” entre molestadores de crianças e jovens que dormem com namoradas menores de idade.

Uma reforma médica para promover apoio constitucional para médicos de família em áreas rurais ganhou o apoio de 88% dos votantes.

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