A diretora presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp), Leila Machado, trocou o PSDB para permanecer no cargo cujo salário é pouco mais de R$ 8 mil. O vereador João Rocha (PSDB) a quem a secretária foi assessora nem foi informado da decisão de Leila. Ela pediu a desfiliação na manhã de ontem (14).
O PSDB municipal iria expulsá-la do partido assim como aconteceu com o secretário Municipal de Educação, José Chadid, em outubro do ano passado. Mas por interferência de João Rocha, o partido decidiu dar uma licencia a Leila de 90 dias. “Isso mostra que o partido estava certo quanto à expulsão dela”, afirmou o presidente municipal, Carlos Alberto Assis.
Apesar de respeitar a decisão de Leila, o dirigente criticou sua saída. “Ela do lado de quem está no poder. Depois que ela assumiu não apareceu mais no partido”, completou.
Defensor de Leila, João Rocha disse que não foi informado sobre a saída da secretária, mas que respeita a decisão dela. “Eu que segurei tudo. Fiquei surpreso. Mas foi uma decisão pessoal e cada um decide aquilo que é melhor para si”, pontuou o vereador. Além do salário, Leila leva os diversos cargos comissionados, que garantem bons votos em uma eleição.
Ex-aliados
O PSDB foi um dos partidos que apoiaram a eleição do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). No entanto, depois de assumir o poder, o progressista ignorou o aliado que deixou a base em março do ano passado.
Depois do rompimento, os vereadores João Rocha e Professora Rose se declararam independentes. A independência ficou evidente na votação pela abertura da Comissão Processante. Rocha foi contra a comissão e Rose a favor.
O prefeito não se esforçou para ter de volta o aliado. O secretário de Governo, Pedro Chaves, escolhido para tentar compor a base, afirma que tem conversado com todos os partidos, inclusive o PSDB. Já o presidente regional, deputado estadual Márcio Monteiro, nega a tentativa de diálogo.
