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Cotidiano

Veterana em bairro, evangélica que morreu atropelada era a 1° a chegar e última a sair de igreja

“Não consigo acreditar”. Foi a reação de Dayane Moreira de Oliveira, 24 anos, que ajudou no resgate da Jerônima Felipe de Souza, 72 anos, ao saber que ela que não resistiu ao atropelamento que sofreu, na saída da igreja, no bairro Nova Lima em Campo Grande, na última quinta-feira (20), feriado de Corpus Christi. Ela […]
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Foto: Leonardo de França
Foto: Leonardo de França

“Não consigo acreditar”. Foi a reação de Dayane Moreira de Oliveira, 24 anos, que ajudou no resgate da Jerônima Felipe de Souza, 72 anos, ao saber que ela que não resistiu ao atropelamento que sofreu, na saída da igreja, no bairro Nova Lima em , na última quinta-feira (20), feriado de Corpus Christi. Ela foi resgatada e encaminhada para a Santa Casa, ficou em coma e veio a óbito nesta madrugada de sábado (22).

Dayane trabalha na loja da família do seu namorado, Alex Brandão, 25 anos, e ambos já presenciaram diversos atropelamentos naquele cruzamento da avenida Gerônimo de Albuquerque. “Eu já fui atropelado aqui! É quase que rotineiro os motoristas abusarem da velocidade e pessoas sendo atingidas. Acho que lombadas já não são suficientes, é preciso colocar redutor de velocidade mesmo para os motoristas se conscientizarem”, disse Alex, informando que a família tem o ponto comercial no local desde o seu nascimento.

Veterana em bairro, evangélica que morreu atropelada era a 1° a chegar e última a sair de igreja
A família de Alex possui ponto comercial no local do acidente desde o seu nascimento, há 25 anos. (Foto: Leonardo de França)

Ele e Dayane contam que a dona Jerônima era extremamente ativa e comunicativa, sendo uma das moradoras mais antigas da região. “Meus pais conheciam ela há muito tempo. Não tem um comerciante nessa rua que não conhece ela, pois estava sempre por aqui. Meus pais dizem até que um dos seus filhos já trabalhou como policial no posto aqui da esquina, onde ela vinha visitar ele”, afirma.

Já sua namorada, impactada, disse que jamais vai esquecer do momento que sentiu sua pulsação parar. “Ela foi atropelada e logo corremos para ajudar. Uma cliente é enfermeira e ajudou até a chegada do socorro. Eu não sabia o que fazer, fui orientada por ela, quando teve a primeira parada. Senti o coração da senhora parar! Tentamos então a primeira reanimação, ela reagiu, mas na ambulância teve outra”, lembra Dayane.

Veterana em bairro, evangélica que morreu atropelada era a 1° a chegar e última a sair de igreja
Dayane estava nos primeiros atendimentos a vítima, logo após a colisão. (Foto: Leonardo de França)

O primeiro a presenciar o acidente foi o estudante Alisson Gabriel, 16. “Escutei o barulho e, quando vi o corpo rolando por cima do carro, achei que era uma criança. Se eu tivesse sido um pouco mais rápido, poderia ter ajudado ou evitado que ela batesse com a cabeça tão forte no chão”, se cobra. Realmente, o ferimento maior e principal fator da morte de Jerônima foi a forte pancada na cabeça.

Dona Jerônima frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus, que fica no cruzamento do acidente. Ela havia participado da campanha semanal da “família aos pés da cruz” e estava indo ao mercado antes de retornar para casa, quando foi atingida pelo Volkswagen Voyage, conduzido por uma mulher de 42 anos.

“Ela era reservada nos cultos, mas conhecida. Primeira a chegar e a última a sair, sempre com mais de um envelope de propósito de oração”, relata Fábio da Silva, 17 anos, irmão de igreja e também testemunha do acidente.

Veterana em bairro, evangélica que morreu atropelada era a 1° a chegar e última a sair de igreja
Enquanto os socorristas tentavam reanimar a vítima, irmãos de congregação intercediam por ela. (Leonardo de França)

Fábio disse que também havia saído do culto e ido ao mercado, quando viu o acidente. Imediatamente chamou os fiéis, que realizaram uma oração no local. “Eu vi o resgate e já me senti mal. Fui correndo chamar o pessoal da igreja, aí a pastora veio e, juntamente com as pessoas que passavam na rua, realizamos a oração. Estávamos acompanhando a situação dela no hospital, para fazermos uma visita quando melhorasse”, lamenta o rapaz.

O acidente

Veterana em bairro, evangélica que morreu atropelada era a 1° a chegar e última a sair de igreja
No dia do acidente, filho da vítima sendo consolado por um policial enquanto aguardava a reanimação. (Foto: Leonardo de França)

A motorista, que dirigia um Volkswagen Voyage seguia sentido rua Monte Alegre quando a idosa teria ‘aparecido’ na frente do seu carro, sem dar tempo de evitar o atropelamento. A vítima teria saído da igreja e estava indo a um mercado quando aconteceu o acidente.

 O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e depois de estabilizar a idosa a levou para a Santa Casa de Campo Grande em estado grave. A motorista que estava conduzindo o carro ficou no local até a chegada da Polícia Militar de Trânsito. A mulher não conseguiu dar muitos detalhes do acidente, já que estava muito nervosa.

 

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