Uma pesquisa feita pela Dartmouth College, universidade americana em New Hampshire, revelou que os níveis de satisfação ao longo da vida seguem o formato da letra U.

Na pesquisa, que levou em conta os dados de 132 países, o resultado foi impressionante: o nível maior de insatisfação com a vida atual (casamento, carreira, projetos, família, conquistas) se deu na faixa dos 40 anos, especialmente aos 47.

Esse é considerado o nível mais baixo da “curva do U”.

Passados os 50 anos, os pesquisadores revelam que os níveis de “contentamento” aumentam, e a “curva do U” entra em ascensão.

Esse fenômeno atinge homens e mulheres de todos os níveis sociais, com ou sem filhos, e está diretamente relacionado ao grau de expectativas que temos ao longo da vida.

E por que aos cinquenta anos nos sentimos mais felizes que aos quarenta e chegamos na ascendente do U?

Segundo Jonathan Rauch, autor do livro “ The Happiness Curve”, passados os 40 anos as expectativas ficam mais moderadas e realistas, e descobrimos que “o suficiente” substitui “o melhor”.

Segundo Jonathan, “Aos 50 anos descobrimos que uma boa carreira pode ser suficiente, mesmo não sendo a melhor”.

E o autor vai além: essa convicção se reflete em todos os outros aspectos da nossa vida.

“ O mais surpreendente é que a idade trabalha a favor da felicidade. Claro que esse raciocínio funciona quando o lado econômico e o fator saúde estão em boa forma”, disse o autor. “Depois dos 40 anos, a neblina parece que desaparece do nosso cenário e o que importa toma a sua real dimensão”, complementando.
“Os demônios da minha cabeça abaixaram o volume de suas vozes, e a maioria das vezes eu mal as ouço”, finaliza o autor.

"A idade trabalha a favor da felicidade" segundo autor de 'Happinness Curve'.
Foto : Reprodução
"A idade trabalha a favor da felicidade" segundo autor de 'Happinness Curve'.
Foto : Reprodução