Terminais de ônibus não têm nem brigada de incêndio

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul emitiu um laudo em junho de 2015 alertando que os terminais de transbordo de , gerenciados pelo e pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) oferecem risco à população. Pelos oito terminais, circulam uma média de 210 mil usuários por dia.

O laudo é assinado pelo comandante metropolitano de Bombeiros, o coronel Jairo Kamimura, e explica que todos os terminais da Capital foram notificados por não atenderem as Normas de Segurança Contra Incêndio, Pânico e outros Riscos, estabelecida pela Lei 4.335, de 10 de abril de 2013.

Segundo a regulamentação, deveriam haver nos terminais uma brigada de incêndio e segurança para casos de acidentes no local. Além do perigo do incêndio, a regulamentação estabelece que profissionais treinados atuem nos locais quando for necessário prestar atendimentos de primeiros socorros.

O laudo foi solicitado pelo vereador Eduardo Romero no ano passado, após a realização de um levantamento sobre a situação dos terminais de transbordo da Capital. “Percebemos no levantamento a falta de zelo e o risco que os terminais poderiam oferecer aos usuários. Mas esta era uma percepção na nossa equipe, então solicitamos uma vistoria técnica dos Bombeiros e nos assustamos com o resultado”.

Após duas multas, atualmente recorridas pelo Consórcio e Prefeitura, as empresas ainda não regularizaram totalmente a situação dos terminais. “É um descaso com o usuário, que paga caro pela tarifa de ônibus. Só vão tomar alguma providência quando alguma coisa grave acontecer”, declarou o vereador.

Dos oito terminais (Júlio de Castilho, Nova Bahia, General Osório, Guaicurus, Moreninhas, Bandeirantes e Aero Rancho e Morenão), apenas o das Moreninhas passou por adequações e não oferece risco eminente à população, segundo outro laudo feito pelos Bombeiros em março deste ano.

Interdição

De acordo com Corpo de Bombeiros, os terminais só não foram interditados ainda porque mais prazo foi concedido à Prefeitura e ao Consórcio para a regularização das normas.

Apesar dos terminais estarem listados na Lei como “local de reunião de público”, o Diretor-Presidente da Agetran Elidio Pinheiro Filho disse a reportagem que iria verificar a situação com o setor administrativo. “Mas é absurdo. São áreas abertas. Que risco poderiam oferecer à população?”, questionou.