O Ministério Público da Suíça, porém, afirma que ele era o beneficiário de, pelo menos, quatro contas

Que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), temnegado qualquer denúncia de irregularidade em as contas na Suíça não é novidade.

Desde o último dia 3, porém, ele incluiu duas novas expressões no vocabulário de defesa: “Eu não menti” e “falei a verdade“.

As declarações são uma resposta ao argumento de que quebra de decoro por ter dito na CPI da Petrobras que não possuía contas no exterior.

O Ministério Público da Suíça, porém, afirma que ele era o beneficiário de, pelo menos, quatro contas.

 

O peemedebista já disse cinco vezes que não mentiu, mas ainda não convenceu seus pares.

03.11 – “Vou provar que não faltei com a verdade. Eu não menti à CPI.”

05.11 – “Não quebrei o decoro. Não menti quando depus à CPI.”

05.11 – “A verdade é que não menti. Vou comprovar ao Conselho de Ética, factualmente, que não sou titular de conta. Não detenho contas ou ações de empresa offshore.”

06.11 – “Eu não faltei com a verdade. Eu estou sendo acusado de mentir e não menti.”

09.11 -“Eu tenho a mais absoluta convicção de que o que falei na CPI vai ser comprovado no Conselho de Ética. Eu falei a verdade no Conselho de Ética e vou me ater a defender a representação.”

 
 

Não colou

A insistência em negar as evidências, aliada a justificativa de que “o ônus da prova é de quem acusa”, fez com que até parlamentares de oposição questionassem o parlamentar.

Líder do PSDB na Casa, Bruno Araújo (PE), disse ser difícil Cunha provar que não mentiu.

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), segue a mesma interpretação do colega tucano.

“Se o dinheiro é meu e eu boto em algum lugar, o dinheiro deixa de ser meu? Eu acho que não.”

Cunha já admitiu ser beneficiário do dinheiro depositado no exterior, mas alega queabriu mão da titularidade dele para uma empresa de administração de bens. Como a conta não está no nome dele, Cunha sustenta que não “faltou com a verdade“.