A SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde) informou, neste sábado (6), que subiu para 8 o número de casos confirmados da varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul. Os três novos casos informados hoje são de pacientes de e .

Até a tarde desta sexta-feira, Campo Grande tinha sete casos suspeitos e cinco confirmados da doença. Com o resultado de exames, dois dos casos suspeitos foram descartados e mais dois confirmados. Com isso, Campo Grande tem, até o momento, sete confirmações da doença. Ainda em investigação permanecem dois casos na Capital.

Outro novo caso confirmado é de Itaquiraí e representa a primeira infecção da doença em morador do interior de Mato Grosso do Sul.

Ainda conforme a SES, o Estado tem, ao todo, 11 casos suspeitos que dependem de resultados laboratoriais para serem confirmados ou descartados.

Além de Campo Grande, há casos suspeitos em Dourados, Cassilândia, Ponta Porã, Camapuã, e Bandeirantes.

O levantamento estadual aponta que 100% dos casos confirmados são homens e que 25% deles tiveram contato com viajantes e outros 75% tiveram relações sexuais com parceiro casual ou desconhecido.

Varíola dos macacos saiu da África e causa surto mundial

Originalmente conhecida como Monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença endêmica da e recentemente tem causado alerta no mundo por conta de infecções registradas desde o início de maio na América do Norte e Europa.

O que chama atenção das autoridades mundiais em saúde é que essa é a primeira vez que a doença causa surto em várias partes do mundo sem que os pacientes com a doença tenham viajado para a África.

De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser definida como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana.

No dia 23 de julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a doença como emergência de saúde global.

A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:

• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada; 

• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco; 

• da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola. 

Sintomas e prevenção da varíola dos macacos

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Em nota emitida na semana passada, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.

Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.

Nos Estados Unidos, último país fora do continente Africado a registrar surto da doença no início dos anos 2000, não houve nenhuma morte causada pela doença. Segundo especialistas, esse cenário revela que com assistência adequada, a doença, apesar de grave, pode não representar uma epidemia, como a causada por vírus respiratórios, como a Covid-19.