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Economia

MS registra aumento na área plantada de cana, mas sofre com queda na produtividade na safra 24/25

Mato Grosso do Sul é o quarto estado com maior produção de cana-de-açúcar
Osvaldo Sato -
Área plantada aumentou 7,2% (Foto: Portal da Cana)

Nesta quinta-feira (28) a (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou o terceiro levantamento da produção de cana-de-açúcar no País. O estado de na registra desempenho positivo na 2024/2025, apesar dos desafios climáticos que afetaram a produtividade. A área plantada no estado cresceu 7,2% em comparação à safra anterior, passando de 629,9 mil hectares para 675,1 mil hectares. Esse aumento na área destinada à cultura reflete a expansão do setor, com algumas usinas realizando investimentos e ampliando suas áreas agrícolas para mitigar os impactos climáticos.

Por outro lado, a produtividade foi impactada negativamente, registrando uma queda de 4,7%, com uma média de 76.849 kg/ha, contra 80.609 kg/ha na safra anterior. Essa redução é atribuída principalmente a fatores climáticos adversos, como o atraso nas chuvas e ondas de calor que afetaram o desenvolvimento das lavouras, especialmente nas regiões Norte e Centro-Sul do estado.

Apesar disso, a produção total do estado aumentou 2,2%, alcançando 51,88 milhões de toneladas, contra 50,77 milhões de toneladas na safra passada. Esse número coloca o estado de MS como o quarto maior produtor de cana do País, atrás de , Minas Gerais e Goiás.

Esse aumento foi possível, em grande parte, devido à boa adaptação do mercado sucroalcooleiro às adversidades climáticas. O arrendamento das terras tem sido uma estratégia importante, garantindo uma rentabilidade positiva para os produtores. Além disso, o controle de pragas tem sido eficaz, com destaque para a baixa incidência da cigarrinha das raízes e a gestão da síndrome do murchamento da cana na região Norte.

O atraso na retomada das chuvas no norte do estado, que só ocorreram de forma significativa a partir de outubro, gerou uma queda na produtividade dos últimos talhões da safra. Essa situação, somada às altas temperaturas, trouxe preocupações sobre o impacto no ciclo da próxima safra, especialmente no rebrote e no desenvolvimento dos canaviais. Já na região Centro-Sul, a estiagem antecipou o ciclo da cultura, resultando no encerramento antecipado da colheita em muitas usinas e um provável aumento no período de entressafra.

Apesar dessas dificuldades, a produtividade média de ATR (Açúcar Total Recuperável) ficou em 134 quilos por tonelada de cana, o que é considerado um bom índice, garantindo a rentabilidade das usinas.

Perspectivas Nacionais para a Safra 2024/25

No cenário nacional, a produção de cana-de-açúcar do Brasil para a safra 2024/25 está estimada em 678,67 milhões de toneladas, uma redução de 4,8% em relação à safra anterior. No entanto, a área destinada à colheita cresceu 4,3%, totalizando 8,7 milhões de hectares, embora a produtividade média tenha caído 8,8%, com previsão de 78.048 kg/ha.

Entre as regiões do Brasil, o Centro-Oeste, que inclui Mato Grosso do Sul, teve um crescimento de 2,5% na produção, alcançando 148,62 milhões de toneladas de cana. No Sudeste, a maior região produtora, houve uma queda de 7,4%, com destaque para São Paulo, que foi responsável por boa parte dessa redução. Embora a produtividade da região Centro-Oeste também tenha sofrido uma leve queda, o aumento na produção foi suficiente para compensar esses fatores.

Em relação aos subprodutos, a produção de açúcar no Brasil deve cair 3,7%, enquanto a produção de etanol derivado da cana sofrerá uma redução de 2,8%. No entanto, o etanol produzido a partir do milho teve um crescimento expressivo de 22,1%, somando 7,22 bilhões de litros. As exportações de açúcar mantiveram-se aquecidas, com um aumento de 23% no volume embarcado, enquanto as exportações de etanol registraram uma queda de 25,3%, devido à menor demanda externa.

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