Para proprietários, vantagem está na economia

O Gol e Uno caíram no gosto dos sul-mato-grossenses. A economia e a boa aceitação na hora da revenda estão entre os motivos pelos quais os carros populares são os preferidos. E com os motos não é diferente: a Biz e a CG Fan lideram a lista de favoritas.

A bancária Juliane Silva, de 27 anos, tem opinião formada: “do Uno eu não saio”. Em 2002, ela ‘investiu’ no carro e garante que foi a escolha certa. Ela está entre os 11.459 proprietários de Uno do Estado. “É um carro sem muitos segredos, um carro compacto, que uso tanto para passeio, para o fim de semana, para viagem. Para muitos, carro é status, mas ele me leva para o mesmo lugar, e eu ainda consigo manter toda minha rotina com ele”, cita.

O marido de Juliane tem uma pizzaria na saída para Três Lagoas, e sempre usa o carro para a rotina do comércio, “carregar lenha, mesa, levar pizza”, afirma ela.

E a explicação, para a bancária, é simples. “A vantagem é a economia, economia na hora de abastecer, as peças também são mais baratas e fáceis de encontrar, além de que a manutenção de um Fiat é mínima”, avalia.

De acordo com o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), a Honda Biz é o veículo preferido em Mato Grosso do Sul, e na vice-liderança em motocicletas está a CG Fan, com uma frota de 19.253 unidades, de um total de 1,419 milhão de veículos no Estado. 

O VW Gol lidera o ranking de veículos. São 28.732 unidades em Mato Grosso do Sul, segundo Detran-MS. O professor Nelson Silveira, 31, tem um Gol 2010. “Quando eu comprei, a intenção era um carro com valor viável e que tivesse boa aceitação na hora de revender. Não me arrependo. Já viajei para vários lugares. Faço as revisões de rotina certinho e ele nunca precisou de manutenção”, diz ele.

Relíquias

Arquivo/Midiamax

 

Modelos pouco rodados, com placa preta, peça de colecionador. Os carros antigos são paixão de mais de 100 associados do CCVAP (Clube dos Colecionadores de Veículos Antigos Pantanal), organizado em 2002.

Laércio Lisboa é responsável por levar essas relíquias aos encontros nacionais. “A gente tem na Capital, no clube, um Ford T 1923 (‘queridinho’ da época). Mas, no geral, carros com a partir de 30 anos e no mínimo 80% de original já podem ter placa preta”, explica. Entre os veículos do CCVAP estão nacionais e importados, como Cadillac, Packard, DKW, Impala, entre outros.

Segundo Detran-MS, dois carros de 1911 são os mais antigos do Estado, um está em Maracaju e outro em Campo Grande. Em Mato Grosso do Sul existem apenas 18 veículos produzidos antes da década de 30.