Após negociação, Prefeitura e médicos não chegam a consenso sobre reajuste
Não houve proposta formal
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Não houve proposta formal
Uma nova reunião foi realizada entre o Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) e a Prefeitura para discutir o reajuste do salário da categoria na noite desta quinta-feira (25). Após 38 dias de negociação, a classe não recebeu proposta formal de aumento salarial.
Apesar de não haver proposta documentada, o Sinmed-MS afirma que os profissionais ainda tem esperanças de que a Prefeitura se manifeste até o final do mês.
Já a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) diz que aguarda ata da reunião e proposta da categoria. Por meio da assessoria de imprensa da pasta, foi informado que a Sesau acompanha as negociações, porém o poder de decisão está com a Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle).
Negociação
No final de abril o Sinmed-MS apresentou proposta para aumentar o salário base de R$ 2,276 mil para R$ 4,5 mil em reunião realizada entre a Prefeitura, Sesau, coordenadores de serviços da secretaria, diretores clínicos e médicos da Rede Municipal de Saúde.
Prefeitura ofereceu R$ 4,7 mil com aumento de seis horas na carga horária dos médicos
Sem avanço nas negociações, em 9 de maio, os médicos chegaram a cogitar paralisação, porém voltaram atrás e em 12 de maio decidiram dar mais prazo para a Prefeitura se manifestar.
Reajuste
A negociação da categoria ocorre todos dos meses de maio, e neste ano, os profissionais pleiteiam 27% de ajuste salarial, tendo em vista que nos últimos anos não houve correção e a incorporação das gratificações nos salários: Aumento do salário base para R$4,7 mil, considerando a incorporação das três gratificações que hoje são pagas aos médicos.
Do outro lado, a Prefeitura de Campo Grande pretende aumentar em mais doze horas a carga horária dos médicos, hoje são 12 horas semanais, para tentar reduzir a frequência dos plantões e, consequentemente, economizar. Para ficarem mais tempo nos postos, o município pode dobrar os salários dos médicos que passaria de R$ 2,5 mil para R$ 6 mil. Além disso, a proposta prevê a incorporação das gratificações.
Atualmente, um médico pode fazer até 24 plantões por mês, atividade adicional que pode custar até R$ 21.6 mil; cada plantão custa R$ 900. Mas com uma jornada ampliada, a lógica é de que os profissionais passariam mais tempo nas unidades de saúde e a necessidade de ‘extra’ menor.
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