Descoberta é importante devido à resistência da doença a tratamentos

Cientistas descobriram uma nova substância contra a malária que pode tratar pacientes com uma única dose ao custo de US$ 1, inclusive aqueles com variações da doença transmitida por mosquitos que são resistentes aos atuais medicamentos.

Embora ainda esteja anos distante de chegar ao mercado, os resultados de testes conduzidos em sangue humano no laboratório e em ratos vivos sugerem que a droga é altamente potente, relataram pesquisadores na revista “Nature” desta semana.

Em um voto de confiança ao projeto, a farmacêutica Merck assegurou o direito de desenvolver e comercializar a substância, caso tenha sucesso em testes futuros.

O plano é avançar com a droga experimental para testes clínicos no ano que vem a fim de averiguar sua segurança e ver a efetividade do combate à malária no corpo humano. Muitas drogas são rejeitadas nesse estágio do desenvolvimento.

A descoberta de novos remédios para combater a malária é particularmente importante por causa de sua crescente resistência até mesmo aos melhores tratamentos existentes.

Os cientistas por trás do projeto estimam que a nova substância deve custar cerca de US$ 1 por tratamento, colocando a droga ao alcance dos pacientes mais afetados, que vivem em países pobres.

Embora haja reduções significativas no número de pessoas que adoecem ou morrem por causa da malária, a doença ainda mata cerca de 600 mil pessoas por ano, a maioria delas crianças nas partes mais pobres da África subsaariana.

Quando a pessoa é infectada, os parasitas presentes no mosquito instalam-se no fígado e levam entre duas a quatro semanas para amadurecer. Eles, em seguida, invadem e destroem as células vermelhas do sangue, e podem provocar sintomas como febre alta, dores de cabeça e no corpo, sensação de fraqueza, falta de apetite e calafrios.