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Turismo

Após câncer, Carla uniu a paixão por maratonas e viagens e agora ‘corre’ pelo mundo

As corridas são mais um motivo para viajar
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As corridas são mais um motivo para viajar

O que poderia ser motivo de tristeza de desespero, e certamente é para muitos, resultou em vida e novas experiências para a bancária Carla Bardella, de 39 anos. Após o susto de ser diagnosticada tão jovem ‒ aos 30 ‒ com câncer de mama, esta grande mulher com jeito de menina encontrou nas corridas, além de saúde, um motivo a mais para conhecer o mundo.

Perto e longe, Carla já experimentou a velocidade em diversos pontos do mapa-mundi. Como em Fernando de Noronha, nos vizinhos Peru e Bolívia e na paradisíaca Tailândia. A rotina da velocista inclui o monitoramento constante de eventos e busca por preços de passagens. “Sempre procuro calendário de provas em lugares que gosto ou tenho vontade de conhecer e tento conciliar com as férias para marcar a viagem”, detalha Carla, que divide o período de Após câncer, Carla uniu a paixão por maratonas e viagens e agora ‘corre' pelo mundo

Correr foi uma indicação médica, por conta de uma osteopenia ‒ condição adquirida em consequência ao câncer, que diminui a massa óssea e pode levar à osteoporose. “O médico disse que eu tinha que correr, que fazia bem por causa do impacto. Então comecei a correr por correr”, conta como começou a paixão por este esporte.

Comemorando o pódium em Bonito.

Isso aconteceu após seis meses do diagnóstico, quando Carla já havia passado pelo tratamento. No início ela participava de provas em São Paulo, , Brasília, e outros locais próximos. Com o tempo os destinos se distanciaram e diversificaram: Uruguai, Argentina, Chile, e Tailândia.

Já a prescrição das viagens veio de uma gestora. “Ela falava para trabalhar para comprar uma casa e depois ter o objetivo de viajar”, o que ela sempre gostou de fazer. Quem não?

Prioridades e Planejamento

“Em maio vou para Mendoza, na Argentina, para uma prova e depois vou seguir viagem de mochilão”, anuncia e planeja estender a viagem até a região de Ushuaia.. Além de correr, Carla aproveita as férias para conhecer a região, como já fez diversas vezes, inclusive sozinha.

“Chega um momento em que as prioridades são diferentes. É um investimento na gente mesmo. Em ter experiências. Se eu pegar dinheiro e converter num sapato, eu fico me lamentando. Mas usar em viagem é um investimento. Prefiro gastar dinheiro com momentos, pessoas e experiências. Às vezes as pessoas dizem que para viajar é preciso dinheiro. Não! Para viajar é preciso planejamento”, define.

Posando com os aneis de bronze ao lado de uma das 'mulheres-girafa' na Tailândia.Carla conta que em uma das viagens para a América do Sul, conseguiu passagens por 12 mil milhas ‒ o que normalmente não acontece em viagens para pontos turísticos do Brasil. Por isso, a bancárias geralmente ruma para fora do país e faz todo o planejamento. “Eu monitoro, me programo nos horários, faço meus roteiros, pesquiso em blogs para ter noção de custos”, ensina.

Carla também prefere ficar em hostels e Airbnb e se hospeda em hotéis somente em último caso para aproveitar ao máximo a estadia e ter mais oportunidades de contato e experiências. Quanto à alimentação, a esportista experimenta de tudo, “desde restaurantes bons à até comida de rua. Na Tailândia só comia na rua”, relata.

Valor aos momentos

Uma das viagens mais significativas, foi a primeira em que saiu do Brasil, quando, há dois anos, foi para o Chile e passou pelo deserto do Atacama. “Eu queria muito ir para lá. É incrível”, descreve Carla, que adora ter contato com a natureza, pois para ela, tais experiências trazem calma.

“A gente vive com pressa, tudo pra hoje. A gente tem que viver a vida na essência. Às vezes a gente trabalha só para ter. Como passei por essa doença eu vejo a vida de outra forma. Quando morrer, eu vou levar o que vivi, lugares que visitei, pessoas que conheci, cheiros que senti, as experiências. Hoje dou mais valor para os momentos, seja com a família, com amigos ou em viagens”.

De tudo que passou, pelos declives e aclives que a vida proporciona, Carla finaliza com um ensinamento, uma frase do filme O Extraordinário: “‘Seja gentil, você não sabe a batalha que cada um enfrenta’. Passei por um problema, uma doença, mas o que importa é como vamos encarar”.

Em Orlando, na Flórida.

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