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Política

Tereza Cristina diz que não existe mercado no Brasil para carnes exportadas para os EUA

Carnes são usadas nos hambúrgueres americanos e não têm uso no Brasil
Fábio Oruê -
tereza celulose carne trump
Tereza Cristina em MS. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

A senadora por , (PP-MS), disse que as carnes exportadas para os EUA não têm mercado no Brasil e que a suspensão dos frigoríficos de Mato Grosso do Sul pode trazer prejuízos para o país.

Em entrevista a portais nacionais de notícias, a parlamentar explica que a carne enviada para o país norte-americano são ‘retalhos’ e carne magra para compor o hambúrguer. “O que nós exportamos? Carnes que a gente não usa no Brasil. Então, essa história de que essa carne vai ficar dentro no Brasil não é verdade”, explica a senadora.

Por conta do tipo de carne produzida nos EUA, o país compra do Brasil os retalhos para misturar e ’emagrecer’ os hambúrgueres. Atualmente, o país governado por Donald Trump é o segundo maior comprador das carnes brasileiras, ficando atrás somente da .

“Eu fui me certificar e não existe mercado interno para toda essa carne. Então é um problema. O que pode acontecer? Em Mato Grosso do Sul, o boi já caiu de preço; o produtor vai ter prejuízo. Os frigoríficos provavelmente vão ter que dispensar funcionários”, cita Tereza Cristina.

EUA já refugam carnes brasileiras

Ela lembra que os importadores americanos estão dizendo para o Brasil não embarcar a carne brasileira, pois as cargas podem ficar paradas em contêineres nos portos americanos por conta dos altos embargos.

“Isso já aconteceu no passado. Na época da Covid-19, nós tivemos muitos problemas com a China. A carne estava embarcada e os navios não sabiam onde aportar. Isso tem um custo enorme para a indústria frigorífica brasileira”, compara.

A decisão dos frigoríficos em MS em suspender as exportações de carne bovina aos Estados Unidos pode baixar o preço da proteína no mercado interno. Entretanto, o Governo do Estado também vê como grave a perda de competitividade das cadeias produtivas do Estado com o tarifaço. As medidas de Trump passam a valer a partir de 1º de agosto.

“Eu espero que a gente não chegue a esse ponto. Se chegar eu acho que vamos ter que rever tudo, vai ser um prejuízo enorme para o PIB Brasileiro; nós vamos ter problemas graves na nossa economia”, finaliza a senadora.

Produção das carnes continua normal

Apesar da medida, o Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS) reforçou ao Jornal Midiamax que as plantas frigoríficas continuam com os abates normalmente. Porém, a exceção seria para as que estão habilitadas a enviar ao mercado norte-americano, que devem reduzir as escalas de abates.

Assim, conforme o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, uma das alternativas seria vender essa carne bovina para o mercado interno, o que poderia aliviar o preço no bolso dos sul-mato-grossenses. Outro ponto de alerta seria o tempo de demora para conseguir exportar parte desta produção para outros países. 

“A gente não consegue colocar esse produto rapidamente em outro mercado internacional. A consequência seria colocar esse produto no mercado interno sul-mato-grossense, mercado interno brasileiro, o que obviamente pode haver um aumento de oferta e também uma redução de preço e, na sequência, até uma redução de preço da arroba do boi aos produtores. Por isso que é tão preocupante esse tarifaço”, explicou Verruck. 

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