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Política

Senadores se preparam para conversar com políticos do partido de Trump: ‘Não é demérito Lula ligar’

Tarifas dos Estados Unidos contra produtos brasileiros iniciam-se a partir desta sexta-feira (1º)
Thalya Godoy -
Trump e Lula. (Reprodução/Instagram)

A comitiva de parlamentares nos Estados Unidos deve se reunir, na tarde desta terça-feira (29), com senadores do partido Republicanos, o mesmo do presidente Donald Trump. O grupo brasileiro tenta articular a derrubada do tarifaço de 50% contra os produtos brasileiros, que deve se iniciar nesta sexta-feira (1º). 

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O grupo que está no solo norte-americano é composto por 8 senadores brasileiros. Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) são parlamentares de Mato Grosso do Sul. É o segundo dia de agendas da comitiva nos Estados Unidos. Vale lembrar que a missão diplomática não tem o poder de negociar em nome do país, mas a intenção da delegação é tentar viabilizar uma negociação entre os dois países.

Em entrevista a Globo News, o senador e presidente da CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado, (PSD-MS), explicou que devem se reunir com dois senadores republicanos na tarde de hoje, com a possibilidade de se encontrarem com outros na quarta-feira (30), antes de embarcarem de volta ao Brasil no fim do dia. No período da manhã, a agenda prevê uma reunião com a sociedade civil. 

“As conversas estão fluindo de maneira tranquila e equilibrada […] o não já temos, vamos correr atrás do sim”, afirmou o senador. 

Trad explicou que a delegação reuniu políticos pró-Lula e pró-Bolsonaro em um grupo a favor do Brasil. Ele se mostrou a favor de que o presidente Lula ligue ao presidente norte-americano para negociar. “Não é nenhum demérito. São os interesses do nosso país. Foi o que uniu essa comissão”, destacou. 

No período da manhã de hoje, os políticos brasileiros se reuniram com senadores do partido democrata, como Ed Markey e Martin Heinrich, que fazem oposição ao governo trumpista. Questionado sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro “jogar contra” o trabalho da missão diplomática, o senador disse que a prioridade, neste momento, é minimizar os efeitos do tarifaço. 

“A gente está diante de uma situação extremamente complexa, com consequências a médio e longo prazo pior do que a gente possa imaginar […] a gente procura caminhar com muita tranquilidade. Ninguém está sendo contra ninguém por corrente de personagem, por corrente política. O que a gente tá tentando é minimizar essa situação”, explicou. 

Reunião com senadores

O presidente da Comissão de Relações Internacionais do Senado, Nelsinho Trad (PSD), divulgou um vídeo comentando sobre a agenda desta terça-feira (29). O parlamentar está conversando e entregando cartas às autoridades norte-americanas. Nelsinho está à frente da comitiva de senadores que busca barrar o tarifaço anunciado por Donald Trump em cima dos produtos brasileiros.

Com documentos em mãos, Nelsinho chama a tarifa de 50% de ‘perde-perde’. “Temos um panorama dos estados que têm mais negócios com o Brasil. São as implicações do perde-perde que essa medida leva. Vamos entregar também um convite para que os parlamentares consigam ir para o Brasil e, assim, conhecerem a realidade que estamos mostrando. Cada parlamentar vai receber a implicação no estado que representa, caso a medida seja realmente adotada”, explicou.

‘Trump não quer conversar’

Em entrevista ao “Estúdio i”, a ministra do Planejamento e Orçamento, , confirmou que, no momento, o Brasil ainda não conseguiu abrir um canal de conversa com a Casa Branca.

A ex-senadora por explicou também que os efeitos do tarifaço serão menores neste momento em comparação com 15 anos atrás, caso acontecessem, quando o país tinha uma balança comercial menos diversificada.

“Tratativas com intermediários sinalizam que o presidente Trump não quer conversar com o Brasil”, afirmou.

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