O deputado federal Marcos Pollon (PL) acredita que Donald Trump só vai recuar sobre a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros se o STF (Supremo Tribunal Federal) retroceder com as medidas tomadas em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Sem anistia, sem conversa. Para ter conversa, é só soltar os presos políticos”, disse em uma rede social.
Pelo visto, o deputado não tem muitas esperanças de que a comitiva formada por oito senadores, sendo dois deles de Mato Grosso do Sul, consiga dobrar a decisão do presidente americano em taxar o país.
Há quase um mês, o anúncio de Donald Trump em impor uma tarifa tão alta ao Brasil tem sido foco de movimentações políticas. O presidente norte-americano teve a intenção de salvar a pele do ex-presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro.
Trump chegou a revogar os vistos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão ocorreu no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica a Bolsonaro.
Mesmo contando como integrante a senadora Tereza Cristina, ex-ministra do Governo de Jair Bolsonaro e apoiadora do ex-presidente, a comitiva que está nos Estados Unidos não deixou de ser alvo de críticas da família Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, tem constantemente feito comentários afirmando que a viagem dos senadores tentando negociar com os americanos ‘não vai dar resultado algum’.
“Trata-se de um gesto de desrespeito à clareza da carta do Presidente Trump, que foi explícito ao apontar os caminhos que o Brasil deve percorrer internamente para restaurar a normalidade democrática”, escreveu o parlamentar nas redes.
Viagem aos Estados Unidos
Dois senadores que estão na viagem aos Estados Unidos são de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina. A ida ao país americano está sendo chamada de ‘missão’. Nelsinho diz que pretende fazer uma ‘ponte’ com as autoridades americanas, reforçando que não é só o Brasil quem perde se, por acaso, o tarifaço de 50% realmente se tornar uma realidade.
Para o senador sul-mato-grossense, o qual também é presidente da Comissão de Relações Exteriores e coordenador da missão, “a preparação é fundamental para garantir uma atuação coesa, institucional e estratégica em nome do Brasil”.
A agenda do grupo começa mesmo nesta segunda-feira (28), quando os congressistas têm reuniões na Embaixada do Brasil em Washington. Durante a tarde, o grupo vai à sede da U.S. Chamber of Commerce, quando se encontram com lideranças empresariais e representantes do Brazil-U.S. Business Council.
Além dos senadores de MS, também participam da comitiva Jaques Wagner (PT-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Marcos Pontes (PL-SP), Carlos Viana (Podemos-MG), Fernando Farias (MDB-AL) e Esperidião Amin (PP-SC).
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