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Premiê da França renuncia menos de um mês após assumir o cargo

Sébastien Lecornu alegou falta de condições para governar
Agência Estado -
Sébastien Lecornu - Foto: AFP

O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, 6, horas após anunciar a composição de um novo gabinete. O presidente Emmanuel Macron aceitou a demissão do premiê, agravando a crise política vivida pela há mais de um ano.

A renúncia aumenta a chance de uma dissolução do parlamento e da convocação de novas eleições. A França teve cinco primeiros-ministros nos últimos dois anos: Élisabeth Borne, Gabriel Attal, Michel Barnier, François Bayrou e Lecornu.

Com apenas 27 dias, o governo Lecornu se torna o mais curto desde 1958, quando a França instituiu a Quinta República. Após o anúncio da queda de Lecornu, alguns líderes da oposição pediram a renúncia de Macron. “A contagem regressiva começou”, disse a deputada Mathilde Panot, líder do partido A França Insubmissa (LFI), considerado de ultra esquerda.

Lecornu apresentou uma carta de demissão poucas horas após o presidente da França, Emmanuel Macron ter anunciado uma nova composição de governo, com uma reformulação de ministros para trabalharem sob Lecornu.

O premiê atribuiu sua renúncia à intransigência dos do país, que segundo ele colocaram seus interesses à frente dos da França.

“Eu estava pronto para ceder, mas cada partido político queria que o outro adotasse todo o seu programa”, disse ele em um discurso no pátio do Palácio de Matignon, sede do gabinete do primeiro-ministro.

Em publicação no X (antigo Twitter), na tarde de ontem, 5, sobre o novo governo, o até então premiê enfatizou a “difícil missão” que os novos ministros teriam de “apresentar um orçamento para o país antes de 31 de dezembro”. “Eles aceitaram isso sabendo que terão que chegar a um acordo com a oposição”, completou.

Lecornu, nomeado para o cargo em 9 de setembro, anunciou a composição do novo governo na noite de domingo, 5, e logo depois se viu no fogo cruzado de todo o espectro político, incluindo a direita, que faz parte da coalizão governista.

Antes de assumir, Sébastien era ministro da Defesa do país e exerceu uma série de funções no governo desde a primeira eleição de Macron, em 2017.

Lecornu substituiu François Bayrou, que renunciou o cargo, após nove meses de gestão. Lecornu foi o quinto premiê do segundo mandato de Macron, que começou em 2022. Ex-conservador, ele se juntou ao movimento centrista de Macron em 2017.

A instabilidade no governo se deve, principalmente, a uma grande crise econômica no país: nenhum outro país da União Europeia (UE) está tão endividado em termos absolutos quanto a França.

Parte da crise é causada também pela impopularidade de Macron, provocada por medidas como uma reforma que elevou de 62 para 64 anos a idade da aposentadoria. Em seu segundo mandato, que vai até 2027, ele não pode concorrer à reeleição.

Nas eleições para o parlamento europeu, em julho do ano passado, o partido de Macron, o Renascimento, foi derrotado.No ano passado, Macron surpreendeu ao convocar uma eleição parlamentar adiantada. O resultado foi um parlamento rachado em três blocos – esquerda, centro-direita e ultradireita -sem que nenhum tivesse obtido maioria para governar.

Desde então, dois premiês – Michel Barnier e Bayrou – foram destituídos por conta das divergências sobre as finanças públicas.

*Com agências internacionais

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