A discussão do tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, e as suas consequências, como a suspensão da exportação de carne bovina de Mato Grosso do Sul ao país norte-americano, devem sair do campo político na avaliação do presidente da Alems (Assembleia Legislativa de MS), Gerson Claro (PP).
“A situação é crítica, precisa ter equilíbrio e diálogo, sair do debate politico ideológico. Espero que Governo e empresários possam rapidamente negociar sem a Lei da Reciprocidade; que seja a última instância”, diz o parlamentar ao Jornal Midiamax.
Então, Claro lembra que Lula (PT) é oposição a Trump e que o presidente estadunidense também tem adotado a prática tarifária com outros países. “[…] precisam fechar a questão em defesa dos interesses brasileiros. Espero que possamos negociar”, avalia.
A decisão dos frigoríficos em MS em suspender as exportações de carne bovina aos Estados Unidos pode baixar o preço da proteína no mercado interno.
Entretanto, o Governo do Estado vê como grave a perda de competitividade das cadeias produtivas do Estado com o tarifaço. As medidas de Trump passam a valer a partir de 1º de agosto.
“Importante é ser pragmático, buscar solução para manter empregos e empresas na manutenção dos mercados existentes e na abertura de mercados novos”, finaliza o deputado estadual.

Produção de carne continua normal
Apesar da medida, o Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS) reforçou ao Jornal Midiamax que as plantas frigoríficas continuam com os abates normalmente. Porém, a exceção seria para as que estão habilitadas a enviar ao mercado norte-americano, que devem reduzir as escalas de abates.
Assim, conforme o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, uma das alternativas seria vender essa carne bovina para o mercado interno, o que poderia aliviar o preço no bolso dos sul-mato-grossenses. Outro ponto de alerta seria o tempo de demora para conseguir exportar parte desta produção para outros países.
“A gente não consegue colocar esse produto rapidamente em outro mercado internacional. A consequência seria colocar esse produto no mercado interno sul-mato-grossense, mercado interno brasileiro, o que obviamente pode haver um aumento de oferta e também uma redução de preço e, na sequência, até uma redução de preço da arroba do boi aos produtores. Por isso que é tão preocupante esse tarifaço”, explicou Verruck.
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