O deputado Vander Loubet (PT-MS) não vê com otimismo a ação dos senadores empenhados na intermediação do conflito tarifário que envolve Brasil e Estados Unidos. Confirmada pelo presidente Donald Trump para entrar em vigor a partir de 1° de agosto, a taxação de 50% aos produtos brasileiros que entram no país norte-americano vem sendo debatida com autoridades pela Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, cuja liderança é conduzida por dois parlamentares sul-mato-grossenses — Nelsinho Trad (PSD), presidente da CRE, e Tereza Cristina (PP), vice-presidente da comissão.
“Apesar dos dois senadores de MS e dos senadores do PT que também estão lá, vejo que terá pouca efetividade”, afirmou Loubet. Contudo o deputado vê a viagem como uma forma eficaz de combater a desinformação.
“Embora seja importante o papel que eles estão cumprindo não só de mostrar a abertura para negociações como pela busca de desmentir as fake news e mentiras espalhadas lá pelo Eduardo Bolsonaro. O vira-latismo dos bolsonaristas – que querem entregar as riquezas do nosso país para os EUA e submeter o povo brasileiro aos caprichos do Donald Trump – precisa ser combatido por todos os meios legais possíveis”, disse.
Maior prejudicado
Na visão do parlamentar, mesmo o Brasil tendo uma projeção de impacto significativo em alguns setores, como agropecuária e indústria, Vander Loubet acredita que vigorado o tarifaço trumpista, os maiores prejudicados serão os próprios estadunidenses.
“São números que mostram a importância dessa negociação para os EUA. Apesar de o tarifaço ser um problema para o Brasil, quem mais tem a perder com a falta de negociação são eles, os EUA. Em uma situação de reciprocidade, os empresários dos EUA que atuam em nosso país poderiam ter prejuízos enormes”, disse o parlamentar ao citar números que demonstram o superávit obtido pelo país de Trump ao longo dos anos de relação comercial aberta.
Para o deputado, o governo brasileiro quer e vai negociar essa questão do tarifaço com os EUA, mas sem abrir mão da democracia e da soberania nacional. “Está fora de cogitação ceder a qualquer tentativa de ingerência na nossa justiça e nas nossas leis”, afirmou.
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