O deputado federal Rodolfo Nogueira, do PL, afirmou que a taxa imposta pelo presidente Donald Trump “é consequência direta da forma irresponsável e ideologizada com que o governo brasileiro, sob o comando do presidente Lula, tem conduzido a política externa”. Para o parlamentar, o agronegócio, principal setor afetado pelas sanções trumpistas, não pode ser prejudicado por “erros cometidos longe do campo”.
Em nota, o deputado atribui as medidas impostas pelo governo norte-americano a manifestações do presidente Lula e sua esposa Janja da Silva ao mandatário norte-americano, desde o período eleitoral. Nogueira avalia a postura do chefe de Estado brasileiro como “amadora e provocativa”, impondo a conta dos 50% de taxação às exportações brasileiras ao bolso do povo.
“Não aceitaremos que o agro, que responde por quase 1/3 do PIB e pela segurança alimentar do país, seja punido por erros cometidos longe do campo, em gabinetes de Brasília ou em palanques mundo afora”, afirmou.
A nota ainda destaca que “o Brasil não pode continuar sendo penalizado pelas escolhas ideológicas de um governo que insiste em virar as costas para os nossos principais parceiros”, apesar dos Estados Unidos não representar nem 6% da venda externa em Mato Grosso do Sul e cerca de 16% da exportação nacional, diante de mais de 40% do que se é destinado à China, país recorrentemente alvo de críticas por parte da ala bolsonarista.
“Vamos pressionar o governo federal para que o setor produtivo não seja penalizado. Vamos cobrar do Itamaraty que atue com responsabilidade e pragmatismo nessa situação. O Brasil precisa de pontes, não de muros. O agro precisa de segurança, não de retaliação”, afirmou o deputado, destacando ainda que as sanções norte-americanas são responsabilidade também do Judiciário, que, na visão do parlamentar, fomenta ambiente de instabilidade institucional.
Entenda
Em carta postada nas redes sociais e direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump diz que as tarifas passam a valer em 1º de agosto.
No documento, o presidente norte-americano justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
O norte-americano destacou ainda ordens emitidas pela Corte contra apoiadores de Bolsonaro que mantêm residência nos Estados Unidos.
Em resposta, Lula afirmou que o tarifaço será respondido com a Lei de Reciprocidade Econômica.
Também via redes sociais, o presidente defendeu a soberania brasileira e disse que é falsa a alegação de Trump de que a taxação seria aplicada em razão de déficit na balança comercial com o Brasil.
“Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da lei brasileira de reciprocidade econômica. A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”, afirmou Lula.
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