Lucas de Oliveira Alves, de 29 anos, professor e morador de Três Lagoas, irmão da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 25 anos, desaparecida há quase um mês, em São Paulo, falou com o Midiamax sobre o crime. O ex-namorado e um policial militar da reserva, que seria “sugar daddy” do rapaz, foram presos.
Lucas mora em Três Lagoas há 4 anos, é professor do ensino fundamental e mestrando na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Ele disse ao Midiamax que a família está bem abalada com o desaparecimento de Carmen, e que agora esperam que o corpo seja encontrado para poderem viver o luto.
“Minha mãe está bem abalada e o meu pai está mais firme. Todo dia ele senta na frente da delegacia e fica esperando, mesmo que nada aconteça”, falou Lucas ao Midiamax. Ele disse que a família não consegue viver o luto e todo dia revive o desaparecimento de Carmen.
Ainda segundo Lucas, a Marinha deve usar sonares nas buscas em rios e mar, que devem ter início nesta quinta-feira (17).
Família não gostava de namorado de Carmen
Lucas ainda revelou que a família não gostava do namorado de Carmen, Marcos Yuri Amorim, que nunca assumiu a relação publicamente. Conforme o relato do professor ao Midiamax, todos achavam estranha a situação de Yuri esconder o relacionamento. Inclusive, os amigos de Carmen também não gostavam do rapaz.
“Isso já não batia legal nos ciclos de amizades dele (Yuri) ser assim”, disse Lucas, que ainda revelou que a irmã era muito discreta e não falava muito do namorado.
‘Muito generosa’
Lucas descreveu a irmã como uma pessoa carinhosa, generosa e muito educada. Ainda segundo o professor, Carmen era conhecida pela sua simpatia e por cativar as pessoas. “Mas também era topetuda”, disse o professor ao Midiamax.

O desaparecimento de Carmen
Carmen desapareceu no dia 12 de junho no campus de Ilha Solteira da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), cidade a 65 km de Três Lagoas, no leste de Mato Grosso do Sul. Ela fez uma prova no curso de Zootecnia, de acordo com o portal UOL.
A vítima tinha um relacionamento com Marcos Yuri Amorim, que nunca assumiu a relação. A família de Marcos era contra o namoro dos dois. Carmen desconfiava das atitudes do companheiro e chegou a preparar um dossiê contra ele.
Por sua vez, Marcos se relacionava com o policial militar da reserva Roberto Carlos de Oliveira. “A relação de sugar daddy [quando o mais velho da relação banca o mais novo] encaixa como uma luva. O Roberto tem poder econômico e o Yuri não tem. Ele [Yuri] trabalhava como entregador e fazia bicos”, afirmou o delegado do caso, Miguel Rocha.
A polícia suspeita que Marcos e Roberto mataram Carmen e ocultaram o corpo, que até hoje não foi encontrado. A família da jovem acredita que Marcos se aproveitava dela, já que a vítima chegava a cozinhar e até fazer trabalhos universitários do rapaz.
Como ele nunca quis assumir publicamente o namoro, o crime teria essa motivação. O UOL não conseguiu encontrar a defesa de Marcos. Entretanto, ele alegou inocência em depoimento.
O advogado de Roberto também sustenta que ele é inocente e “não cometeu os crimes dos quais é acusado”. A defesa não comentou o suposto envolvimento amoroso dele com Yuri.
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