No último sábado (19), a maior biofábrica do mundo, especializada na criação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, foi inaugurada no Brasil. Este é um marco para o combate à dengue e a outras arboviroses no país.
✅ Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram
A unidade está localizada na Cidade Industrial de Curitiba e é um empreendimento estratégico desenvolvido pelo IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná) e o WMP (World Mosquito Program), uma organização mundial sem fins lucrativos.
A implantação do método Wolbachia é resultado de esforços do Ministério da Saúde, em parceria com a Friocruz e o WMP. A previsão é de que mais de 70 milhões de brasileiros sejam beneficiados com a iniciativa nos próximos anos.
Estrutura
A biofábrica conta com mais de 3,5 mil m² de área construída, equipamentos de ponta para automação e criação dos mosquitos com Wolbachia, além de uma equipe formada por cerca de 70 funcionários. Inicialmente, a unidade atenderá exclusivamente ao Ministério da Saúde, que garantirá a distribuição dos mosquitos para diversas regiões do Brasil com altos indícios de dengue.
Assim, o empreendimento terá capacidade de produzir 100 milhões de ovos de mosquitos por semana. O objetivo da pasta é reduzir significativamente os números de casos de arboviroses no país.
Até agora, o método foi implantado em oito cidades brasileiras: Campo Grande (MS), Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR), Joinville (SC), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE). Outras três cidades devem receber o programa nos próximos meses.
Como o método funciona?
O método utiliza mosquitos Aedes aegypti que carregam a Wolbachia, uma bactéria naturalmente presente em mais da metade dos insetos da natureza e que impede o desenvolvimento dos vírus das arboviroses no organismo dos insetos. Quando esses mosquitos se reproduzem, transmitem a Wolbachia para as próximas gerações, reduzindo, desta forma, a transmissão de dengue, zika e chikungunya.
Antes da liberação dos mosquitos, a equipe da Wolbito, em parceria com as prefeituras, promove uma série de ações informativas e educativas em escolas, unidades de saúde, espaços públicos e associações comunitárias. Também são feitas campanhas educativas em rádios e TVs locais, redes sociais, mídias impressas e rodas de conversa com moradores, para garantir que todos compreendam o que é o método, como funciona e qual seu impacto.
Depois da etapa de comunicação e engajamento, é feita a liberação dos Wolbitos no município. As solturas geralmente são realizadas semanalmente, por período determinado e sob a responsabilidade de uma equipe técnica especializada, utilizando veículos e equipamentos próprios. A expectativa é de que, ao longo dos meses, a presença da Wolbachia aumente de forma natural e estável em cada cidade selecionada.
O WMP iniciou os estudos no Brasil em 2012, por meio de decisão da Fiocruz de trazer o método para o país. Em 2014, começaram as liberações em áreas-piloto: dois bairros das cidades do Rio de Janeiro e Niterói, respectivamente, Tubiacanga e Jurujuba.
💬 Receba notícias antes de todo mundo
Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.
***