O subtenente da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) trouxe mãe e filha para morarem em sua casa, no Bairro Universitário, em Campo Grande, há pelo menos 2 meses. Informações passadas por vizinhos ao Midiamax é de que o subtenente ‘ajudava’ mãe e filha. O militar foi preso após perseguir a adolescente e fazer disparos para o alto, na noite desta quarta-feira (30).
Conforme relatos, o policial estava separado há 2 anos, quando foi morar na região, sendo que a mulher e a adolescente chegaram na casa há cerca de 2 meses. As duas seriam de Porto Murtinho. Logo depois de serem liberadas da delegacia, mãe e filha voltaram para a casa do militar.
O policial foi preso por volta das 23 horas, depois de perseguir a garota pelas ruas do bairro, atirando para o alto. Um motorista de aplicativo ajudou a adolescente e chamou a polícia para o subtenente.
Motorista socorreu adolescente
Um motorista de aplicativo estava na região, voltando para casa, quando viu a garota correndo e pedindo ajuda para ele. O subtenente corria atrás da adolescente com uma arma nas mãos.
O militar, que estava armado, passou a fazer disparos para o alto. O motorista conseguiu tirar a adolescente do local e percorreu cerca de 2 quilômetros, até que conseguiram ajuda com policiais militares. Conforme informações, a menina estava desesperada, já que havia terminado o relacionamento com o militar, mas ele não aceitava. Ela contou ao motorista de aplicativo que a mãe dela defendia o militar.
A mãe da adolescente presenciou todos os fatos, segundo o motorista. O subtenente foi preso, e a adolescente, junto da mãe, foi encaminhada para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Mãe e filha estariam na Capital há cerca de um mês, mas o militar já tinha um relacionamento com a garota há algum tempo.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a PMMS para saber sobre o caso, mas, até a publicação da matéria, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
Além da Deam, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os fins de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
***