A Justiça Federal anulou ações penais ligadas à Operação Prime, da Polícia Federal, que fez devassa em condomínios de luxo e empresas contra grupo acusado de tráfico de cocaína e lavagem de dinheiro em Dourados.
Assim, sete pessoas que estavam presas serão soltas. Além disso, outros dois acusados de integrarem a organização criminosa terão anulados pedidos de prisão preventiva.
Conforme decisão do juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, relatórios financeiros emitidos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) foram considerados nulos em outro processo referente à mesma operação.
Dessa forma, o magistrado atendeu a pedido das defesas dos acusados para estender a decisão de nulidade das provas a estes processos.
Isso porque a Polícia Federal teria utilizado o mesmo relatório de movimentações financeiras da Operação Sordidum na Prime, que é um desdobramento da primeira. As duas possuem inquéritos específicos.
Então, assim como nas ações penais referentes à Sordidum, o juiz declarou nulidade das provas nos processos da Prime.
Logo, declarou a nulidade das ações penais. “Em função de que seu conhecimento foi determinante e norteou a condução daquele inquérito policial, a ilegalidade contaminou todas as diligências e provas subsequentes, inclusive os desdobramentos que culminaram na instauração do IPL 2023.0047655-SR/PF/MS (Operação Prime)“, proferiu o magistrado.
Por fim, também revogou todos os sequestros de bens e valores contra os investigados. Apesar disso, não serão devolvidos, já que, segundo o juiz, o processo deverá retornar para a fase de inquérito policial para a continuidade das investigações.
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Devassa em condomínios de luxo
No contexto da Operação Prime, a PF apreendeu cerca de 30 veículos, sendo pelo menos quatro carros de luxo, em Dourados. Entre os carros de luxo apreendidos, está uma BMW que seria presente para o filho de um dos investigados. Também foram apreendidos veículos Dodge em outros endereços.
Assim, cerca de 30 veículos foram apreendidos e levados para a sede da PF, e os agentes cumpriram mandados em condomínios de luxo, imobiliárias e empresas de azulejos.
Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e São Paulo foram os estados alvos da operação.
Foram 64 mandados de busca e apreensão, 25 de prisão preventiva e 11 de prisão temporária, além do sequestro de cerca de 90 imóveis identificados e bloqueio de bens.
Segundo a PF, o grupo criminoso remetia drogas a países da América Central. Nesse contexto, estima-se que a organização fez o transporte de pelo menos 6 toneladas de cocaína, durante os 3 anos de investigações. A Polícia Federal apreendeu também joias, dinheiro e relógios, assim como armas e munições.
O grupo usava doleiros na fronteira do Brasil com países vizinhos, além da criação de empresas de fachada, negócios dissimulados e pessoas interpostas.
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