Na quinta-feira (5), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) prendeu Claudinho Serra (PSDB), seu assessor, Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia (GC Obras de Pavimentação Asfáltica [CNPJ 16.907.526/0001-90]).
A prisão temporária foi expedida pelo juiz de Sidrolândia, Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva. Na sentença, o magistrado pontua que a prisão é necessária para ‘garantia da ordem pública’. Os três são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
No entanto, o mesmo juiz deverá reavaliar a necessidade de manter o trio preso, no prazo de 90 dias. A indicação faz parte do Código Penal e, se não for seguida, a prisão pode ser considerada ilegal.
Na reavaliação, o juiz analisará se ainda figuram as mesmas situações que ensejaram a prisão.
No entanto, até a reanálise, os acusados deverão entrar com pedidos de revogação da prisão ou até mesmo com HC (habeas corpus) para conseguirem sair da cadeia antes dos três meses estipulado pela legislação.
O advogado Tiago Bunning, que representa Claudinho Serra, já adiantou ao Jornal Midiamax que estava só aguardando ter acesso ao processo para entrar com pedido de liberdade de seu cliente.
Em nota enviada à reportagem, o advogado diz não entender o porquê da nova prisão de Claudinho: “Está sob monitoramento eletrônico, fazendo uso de tornozeleira desde 26/04/2024, ou seja, há 14 meses. Neste período, não foi comunicada a prática de crime e não houve violação das medidas cautelares. Não existem motivos para nova ordem de prisão”.
Além deles, outras 17 pessoas foram alvo da ação que faz parte da 4ª fase da Operação Tromper, que investiga desvios milionários em contratos de obras em Sidrolândia.
O Gaeco aponta o político do PSDB como o ‘chefe’ do esquema. Ele foi secretário de Fazenda no município, durante gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo.

Confira a lista de alvos, entre mandados de prisão e busca e apreensão:
- Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho – ex-vereador de Campo Grande, ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e apontado como chefe do esquema;
- Mariana Camilo Serra – esposa de Claudinho Serra e filha da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo;
- Arielle Sousa – ex-secretária de Esportes, esposa do vereador Cledinaldo Cotócio (PSDB);
- Luiz Carlos Alves – ex-secretário de Saúde;
- Jonas Kachorroski – engenheiro e ex-chefe do setor de planejamento urbano (Deplan);
- Ivanir Rosane Dischkaln Areco, conhecida como “Baixinha” – diretora de Planejamento;
- Cezar Pereira de Queiroz – conselheiro tutelar empossado para o mandato 2024–2028;
- Barbara Fabricio Liçarassa – ex-chefe de compras e licitações da Secretaria de Saúde;
- Janderson Coimbra – servidor da antiga gestão de Vanda Camilo;
- Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa – ex-chefe da Licitação;
- Thiago Rodrigues Alves – ex-servidor municipal;
- Carmo Name Júnior – assessor de Claudinho Serra;
- Cleiton Nonato Corrêa – empresário da GC Obras de Pavimentação Asfáltica (CNPJ 16.907.526/0001-90);
- Edmilson Rosa (Rosinha) – AR Pavimentação e Sinalização LTDA (CNPJ 28.660.716/0001-34);
- Vilma Cruz;
- Willian Guimarães;
- Godofredo G. Lopes;
- Lidiane Cunha;
- Sandra Aparecida;
- Jéssica Lemes Barbosa;
- Paulo Gonçalves;
- Jarhad Carmo.
4ª fase da Operação Tromper

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O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.
Assim, esta nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.
Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.
Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Nesta nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.
As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.
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