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Israel e Irã endossam cessar-fogo de Trump; Netanyahu retomará foco na guerra em Gaza

Netanyahu afirmou que foco é combater o grupo terrorista Hamas e resgatar reféns
Agência Estado -
Faixa de Gaza após ataques de Israel em março de 2025. (Reprodução / AFP)

Após horas de incerteza sobre o futuro do cessar-fogo entre Irã e Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em um duro telefonema para impedir novos ataques contra Teerã. O governo de Israel concordou em respeitar a trégua e anunciou que seu foco militar retornaria ao confronto com o Hamas em Gaza.

“Agora a atenção retorna a Gaza, para trazer os reféns para casa e desmantelar o regime do Hamas”, declarou o tenente-general Eyal Zamir, chefe do Estado-Maior do Exército israelense.

Do lado iraniano, o presidente Masud Pezeshkian, disse em uma mensagem à nação divulgada pela agência oficial Irna que a guerra terminou. “Após a heroica resistência de nossa grande nação […] assistimos ao estabelecimento de uma trégua e ao fim desta guerra de 12 dias imposta por Israel”, declarou Pezeshkian.

A caminho da cúpula da Otan na Holanda, Trump disse que pediu a Netanyahu para trazer de volta aeronaves israelenses que estavam à beira de atacar o Irã. O republicano afirmou que a “ultima coisa” que o Irã quer neste momento é uma arma nuclear.

“Israel, assim que fizemos o acordo, saiu e lançou uma carga de bombas, como eu nunca vi antes. A maior carga que já vimos. Não estou feliz com Israel,” ele disse, acrescentando que ficaria “realmente infeliz” se Israel atacasse o Irã em retaliação por aquilo que o presidente descreveu como “um foguete que não atingiu o alvo”.

O presidente americano também disse que foi uma “grande honra destruir todas as capacidades do Irã”. “Tanto Israel quanto o Irã queriam parar a Guerra, igualmente! Foi minha grande honra Destruir Todas as Instalações e Capacidades Nucleares, e então, PARAR A GUERRA!”.

Ataques e conversa com Netanyahu

Segundo informações do Exército de Israel, jatos do país realizaram um pequeno ataque contra um radar iraniano ao norte de Teerã na manhã de terça-feira, 24, recuando de uma ameaça de lançar uma resposta enérgica aos mísseis lançados pelo Irã, que mataram quatro pessoas na cidade de Beersheba, no sul de Israel, na noite de segunda-feira, 23.

A renovação das hostilidades colocou em dúvida o cessar-fogo. Israel prometeu responder com força aos ataques do Irã, mas reduziu sua ofensiva no último minuto depois que Netanyahu conversou com Trump, segundo informações do portal americano Axios. Na ligação, o presidente americano expressou sua desaprovação pela retaliação planejada de “uma maneira excepcionalmente firme e direta”.

Trump pediu que Israel cancelasse o ataque por completo, mas o primeiro-ministro recusou, argumentando que Israel deveria responder de alguma forma à violação do Irã. Os dois concordaram que a resposta israelense seria “simbólica” e Netanyahu cancelou um grande número de outros ataques planejados.

“O presidente disse a Netanyahu o que precisava acontecer para sustentar o cessar-fogo. O primeiro-ministro entendeu a gravidade da situação e as preocupações que o Presidente Trump expressou,” uma fonte da Casa Branca disse ao Axios.

Acusações

Em um comunicado, Netanyahu alegou que o cessar-fogo estava programado para entrar em vigor às 7h no horário de Israel. Quatro horas antes, às 3h, Israel atacou alvos “no coração de Teerã”, e o Irã respondeu com uma série de mísseis pouco depois das 7h. Às 7h06 em Israel, o Irã disparou outro míssil e, então, mais dois às 10h25, de acordo com Israel.

O gabinete de Netanyahu afirmou que esses mísseis foram interceptados ou caíram em áreas abertas.

Já Teerã afirma que seus bombardeios ocorreram como retaliação ao ataque de Israel antes do início previsto para o cessar-fogo. A Guarda Revolucionária Islâmica disse que, em retaliação aos ataques israelenses “selvagens” ao Irã durante a noite, o Irã lançou 14 mísseis contra centros militares e logísticos em Israel nos “minutos finais” antes da trégua entrar em vigor, de acordo com uma declaração publicada no canal do Telegram da Press TV, um canal de notícias estatal iraniano.

A declaração não mencionou o lançamento de nenhum míssil após o início do cessar-fogo, como Trump e Israel acusaram. Além disso, um porta-voz militar iraniano, Tenente-Coronel Ebrahim Zolfaqari, disse que Israel lançou “três ondas de ataques” contra o Irã na terça-feira de manhã, após o início previsto para o cessar-fogo, com a última terminando às 9h no horário iraniano, de acordo com um relato da Press TV, citando um relatório da Defa Press, outra agência de notícias iraniana.

Cessar-fogo e foco em Gaza

Depois da troca de ataques e acusações, Trump disse que o cessar-fogo entre Israel e Irã estava “em vigor”.

O espaço aéreo iraniano foi parcialmente reaberto hoje, de acordo com a empresa de monitoramento de aviação FlightRadar24. “O espaço aéreo iraniano está agora aberto para chegadas internacionais e partidas de/para Teerã com permissão prévia,” disse o Flightradar24 no X. O espaço aéreo iraquiano também foi reaberto, acrescentou.

Já o Exército de Israel afirmou que estava retirando as restrições de emergência impostas durante a guerra com o Irã, que fecharam escolas e locais de trabalho. A autoridade de Aviação Civil de Israel anunciou que o Aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, seria totalmente reaberto.

Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, Eyal Zamir, Tel-Aviv retorna o foco para a luta contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza depois de 12 dias de guerra com o Irã.

“Agora a atenção retorna a Gaza, para trazer os reféns para casa e desmantelar o regime do Hamas”, declarou o tenente-general Eyal Zamir em um comunicado.

Diplomacia

Uma série de países importantes para a região celebraram o início do cessar-fogo. A afirmou que apoia o Irã na salvaguarda de sua soberania e segurança e em “alcançar um verdadeiro cessar-fogo”.

Já o disse que irá trabalhar com Teerã para reduzir as tensões no . O Paquistão, país que não tem relações diplomáticas com Israel, afirmou que está pronto para promover a paz na região.

*Com Agências Internacionais.

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