Precursora do heavy metal, a banda Black Sabbath marcou a vida de muitos fãs no mundo todo. O vocalista, Ozzy Osbourne, conhecido como “O Príncipe das Trevas”, se tornou um ícone do estilo musical, durante sua longa carreira. Assim, nesta terça-feira (22), o mundo recebeu com pesar, a triste notícia de seu falecimento.
Osbourne nasceu em 3 de dezembro de 1948, em Marston Green, no Reino Unido. De família pobre, o artista foi operário antes de fundar, com Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, o Black Sabbath, em 1968. A banda nasceu em Birmingham, no Reino Unido.
A notícia de seu falecimento, aos 76 anos, pegou muitos fãs de surpresa, mesmo considerando suas condições de saúde agravadas nos últimos anos. O cantor lutava com a doença de Parkinson, com a qual foi diagnosticado em 2019.
“O heavy metal está de luto”, diz fã de Osbourne
A campo-grandense, Anna Gomes, 38 anos, é fã de carteirinha de Osbourne, desde a adolescência. A admiração pelo cantor e pelo Black Sabbath eram visíveis para todos ao seu redor, seja em capas de caderno, ou, até mesmo, em uma tatuagem no seu corpo.
A jornalista conta que já estava ciente de suas limitações nos últimos anos, e sempre se assustava quando via uma foto do cantor em preto e branco. Mas, logo quando via que estava vivo, sentia alívio. Dessa vez, contudo, precisou lidar com a notícia real.
“Sempre fui fã do Ozzy desde criança, aprendi a gostar com meu irmão mais velho. Na adolescência, era pôster do Ozzy no quarto, na capa do caderno e tudo mais. Sabe aquele tiozão que você não vê sempre, mas tem um carinho muito especial? Ele é mais ou menos assim para mim e para minha família também”, conta.

Logo que a notícia começou a ser divulgada pelos meios de comunicação, Anna recebeu diversas mensagens. “Meu celular nunca apitou tanto quanto hoje. Sinal que, pelo visto, sempre demonstrei a admiração que tenho por ele. Amigos e familiares que não vejo há muitos anos me mandando mensagens”, disse.
Segundo ela, hoje o heavy metal está de luto, mas, ao mesmo tempo, fica muito grato por suas contribuições no universo musical. O seu show de despedida encerrou com chave de ouro a sua passagem ao mundo.
“Sinto-me feliz por ele conseguir fazer seu show de despedida cercado de gente que o amava. Ele merecia um final Bonito assim. Inclusive, parece que ele estava só esperando o último show para partir. Te agradeço, Ozzy Osbourne! Seu legado permanecerá vivo sempre!”, afirmou.
Artista entrou para história do rock
Enrique DxDxOx, um dos sócios da loja Terror Rock Shop, em Campo Grande, é fã de Ozzy Osbourne desde a época de ouro da emissora MTV. Nos programas musicais do canal, conheceu um pouco mais de seu trabalho solo.
“Eu fui prestar mais atenção no trabalho solo dele através do contato com a MTV no meio dos 90’s. Os clipes de ‘Perry Mason’, ‘No More Tears’, e a música ‘Mama, I’m Coming Home’ (Inclusive essa música composta pelo Lemmy do Motörhead, também já falecido) são as que mais me chamaram atenção”, conta.
Segundo ele, uma das contribuições de Osbourne ao universo do rock, que mais admirava, era o Festival Ozzfest, onde o cantor dava oportunidade para bandas novas se apresentarem ao lado de grandes nomes do gênero musical.
“Ele furou a bolha do rock e virou um artista de nome mundial conhecido em muitas mídias, teve série de TV sobre a família, lendas como a mordida na cabeça do morcego, etc (até música dele em novela da Globo). Acredito que ele viveu bem, curtiu muito, fez o que gostava e entrou para a História do Rock”, conclui.

MP3 com músicas da banda incentivou admiração
Pedro Gianoto, 27 anos, teve o primeiro contato com o Black Sabbath logo na infância. O fato ocorreu quando seu irmão lhe presenteou com um MP3 e colocou algumas músicas de várias bandas, entre elas a pioneira do heavy metal.
“Ele colocou músicas de várias bandas para mim e uma delas era o Black Sabbath e duas músicas solo do Ozzy, ‘Crazy Train’ e ‘Mr. Crowley’. Claro que aquela voz icônica marcou… Sempre serei fã da banda e do próprio Ozzy”, ressalta.
De acordo com Pedro, o gênero musical teve um papel importante em sua vida, moldando sua visão de mundo para uma mais realista e justa.
“Muitos confundem a vibe ‘ocultista’ do metal com uma coisa agressiva. Mas, na verdade, o metal forma caráter e ajuda a lidar com momentos difíceis. Creio que isso se deve pelo metal ser uma expressão musical que não tem medo de falar o que realmente se pensa”, conta.
Mesmo triste com a morte de seu ídolo, o campo-grandense afirma que o seu legado ainda continua. “Claro que fiquei triste com a morte do ‘Príncipe das Trevas’, mas ele deixou um legado na música que ainda vai durar muito tempo, formando mentes brilhantes e ajudando nos momentos difíceis”, diz.
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