A Câmara Municipal de Vereadores irá homenagear como visitante ilustre de Campo Grande o ex-presidente da Câmara dos Deputados, José Aldo Rebelo Figueiredo, conhecido como Aldo Rebelo (MDB). O parlamentar foi uma das testemunhas do processo que investiga a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Em um dos depoimentos, o ex-deputado federal foi ameaçado de ser preso pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
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O Projeto de Decreto Legislativo nº 3.043/25 foi aprovado pelos vereadores em regime de urgência, na sessão ordinária desta terça-feira (15), a última antes do recesso parlamentar, que inicia na quarta-feira (16). Rebelo participa em Campo Grande, em 29 de julho, do Repronutri 2025. A homenagem deve ser entregue no evento.
De acordo com a justificativa apresentada pelo autor da proposta, vereador Leinha (Avante), Rebelo será homenageado devido ao “reconhecimento ao legado de um dos mais destacados homens públicos do país, cuja vida política, intelectual e institucional se confunde com a própria história recente da democracia brasileira”.
O político participou de movimento estudantil e chegou a ser filiado ao PCdoB. Nos anos seguintes, mudou de partidos e atualmente está no MDB. Ele é natural de Alagoas, mas foi eleito cinco vezes como deputado federal por São Paulo. Em 2005, foi escolhido como presidente da Câmara Dos Deputados. No governo de Dilma Rousseff, foi ministro do esporte (2011-2015); ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (janeiro a outubro de 2015); e ministro da Defesa (outubro de 2015 a maio de 2016).
Depoimento no STF e ameaça de prisão
Já em maio deste ano, o ex-ministro foi ameaçado de ser preso por desacato no STF. Ele prestava depoimento como testemunha de defesa de Almir Garnier, ex-chefe da Marinha investigado na trama golpista.
Rebelo foi questionado sobre uma reunião em que Garnier teria colocado tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após a derrota no segundo turno, em 2022. O ex-ministro defendeu que forças de expressão não podem ser interpretadas literalmente. “Quando alguém diz ‘estou à disposição’, isso não pode ser lido literalmente”, respondeu Rebelo.
Então, o ministro do STF questionou se ele participou da reunião citada, o que foi negado por Rebelo. “Então o senhor não tem condições de avaliar o teor da língua portuguesa naquele caso. Atenha-se aos fatos”, apontou Moraes.
Rebelo respondeu que a interpretação era pessoal. “A minha apreciação da língua portuguesa é minha. Não vou admitir censura”, respondeu a testemunha.
Então, Moraes ameaçou prendê-lo por desacato. “Se o senhor não se comportar, vou lhe prender por desacato. Responda minha pergunta. Sim, ou não?” Rebelo, contudo, se negou a responder com “sim” ou “não”.
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