Com a redução da exportação da carne bovina brasileira aos Estados Unidos, o México se destacar como novo destino para este importante produto brasileiro. O volume de compras mexicanas aumentou 420% de janeiro a junho deste ano. Isso significa que as negociações passaram de 3 mil toneladas para mais de 16 mil toneladas de carne vendidas ao México.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações da carne bovina brasileira aumentaram de forma geral e chegaram a cerca de 240 mil toneladas em junho. Mesmo em meio à turbulência com o anúncio do ‘tarifaço’ de 50% aos itens exportados aos norte- americanos, em junho os dados preliminares do setor apontam que a exportação de carne brasileira aumentou 56,5%, comparando ao mesmo período do ano passado, fazendo a carne ser um dos principais produtos que aumentaram em de 3% as exportações do nosso País.
Lembrando que, entre os principais produtos de exportação aos Estados Unidos, a carne bovina foi uma das poucas que não entrou na lista de isenções da tarifa extra de 50%. Desde o anúncio da nova tarifa, 30 mil toneladas do produto que seriam enviadas ao EUA ficaram retidas, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes.
Aumento das vendas para México e China
Para os mexicanos, foi registrado aumento expressivo no primeiro semestre de 2025, passando de US$ 15 milhões em janeiro para quase US$ 90 milhões em junho. Além dos mexicanos, importantes compradores da nossa carne, a China é responsável por quase metade das exportações brasileiras.
E os chineses também aumentaram o volume de compras. Ao todo, 134 mil toneladas em junho (cerca de US$ 740 milhões), um crescimento de 64%, em relação a janeiro. Por outro lado, produtores viram as vendas aos Estados Unidos diminuírem bastante desde abril, quando Trump anunciou a imposição de tarifas de importação de 10% para todos os países.
Naquele mês, a venda de carne brasileira para o país tinha atingido o volume mais alto do ano. Foram 44,1 mil toneladas, totalizando US$ 230 milhões em exportações. Em junho, as vendas chegaram ao valor mais baixo de 2025. Foram 13,4 mil toneladas, representando US$ 75 milhões, uma redução de 67%.
Com informações do Uol