O Dia dos Pais, celebrado no segundo domingo de agosto, deve movimentar, aproximadamente, R$ 300 milhões no comércio sul-mato-grossense em 2025. A estimativa considera gastos com presentes e comemorações. Os dados são do IPF/MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio/MS), em parceria com o Sebrae/MS.
Apesar do valor expressivo, o número é 19% menor em relação a 2024, reforçando o comportamento mais cauteloso dos consumidores diante do cenário econômico atual.
Segundo dados da pesquisa, a maioria dos participantes (43%) informaram que não irão presentear em razão de o pai já ter falecido. Em segundo lugar, estão os que não conhecem ou não têm contato com o pai (13%). A falta de dinheiro foi apontada por 7% dos entrevistados.
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Conforme explica a economista do IPF/MS, Regiane Dedé de Oliveira, a redução no montante previsto para faturamento do comércio este ano está diretamente ligada à diminuição do gasto médio, tanto com presentes quanto com as comemorações. “Mesmo assim, mais pessoas pretendem presentear, o que mostra o valor afetivo da data”, destaca.
A pesquisa ouviu mais de 1,9 mil pessoas, entre os dias 23 de junho e 5 de julho de 2025, nos municípios de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Bonito, Corumbá/Ladário e Três Lagoas. A margem de erro é de 5% a 6%, com nível de confiança de 95%.
Confira detalhes da pesquisa
Compras presenciais são preferência da maioria
A tendência segue sendo ir às compras de maneira presencial — preferência de 65% dos consumidores ouvidos. Além disso, o que mais exercerá influência na experiência do consumidor será o bom atendimento, conforme 46% dos entrevistados. Na sequência, eles valorizam a disponibilidade de produto, citada por 34%. A localização da loja é levada em conta por 26%.
A pesquisa também explorou os fatores que terão maior peso para a experiência de compra on-line, sendo eles: descrições detalhadas do produto (38%), segurança no pagamento (32%) e avaliações de outros clientes (25%).
Roupas lideram intenções de presentes
A pesquisa aponta que, pelo menos, R$ 146 milhões serão injetados no comércio com a compra de presentes, com um gasto médio de R$ 194 por consumidor. A maioria pretende entregar o mimo pessoalmente (96%) e opta por comprar presencialmente em lojas do centro da cidade e dos bairros.
Entre os itens preferidos, estão roupas (55%), calçados (36%) e perfumes (17%). Conforme os entrevistados, o fator de grande influência na hora da compra será a qualidade do produto oferecido (56%), seguido pela preferência do pai (29%).
Gastos com comemorações devem girar em torno de R$ 151 milhões
A pesquisa aponta que devem ser gastos R$ 151 milhões em comemorações, com gasto médio de R$ 182. Celebrações envolvendo uma refeição em família lideram o ranking de intenções, com 75% das respostas; na sequência, 15% citaram passeios locais; enquanto 8% devem ir a restaurantes.
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Empresários devem apostar em atendimento e variedade
Segundo o Sebrae/MS, a dica para os empresários, baseada nas respostas dos entrevistados, é investir em atendimento de qualidade, variedade de produtos e condições de pagamento atrativas, considerando que 66% dos entrevistados pretendem pagar à vista e buscam benefícios para essa modalidade.
Segundo Paulo Maciel, analista-técnico da instituição, a pesquisa aponta que a qualidade do produto é o principal fator que influencia a decisão de compra do consumidor, conforme apontado por 56% dos entrevistados. Outros aspectos que chamam atenção do público são os descontos para pagamento à vista (66%), as opções de parcelamento no cartão de crédito (33%) e o bom atendimento (20%).
Paulo destaca que o ideal é buscar proporcionar um atendimento cuidadoso, focado no que a pessoa precisa, e investir em vitrines que chamem atenção. Outra dica é investir em um bom conteúdo nas redes sociais, com fotos dos produtos.
“Uma jornada de compra confiável pode ampliar o alcance e atrair consumidores além do bairro ou da cidade. Para os pequenos negócios, essa é uma grande oportunidade de faturar e fidelizar clientes, considerando que a maioria das compras ainda é feita presencialmente e tem a preferência de mais de 65% dos consumidores”, destaca.
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