Moradores e comerciantes do Parque Residencial Iracy Coelho Netto, em Campo Grande, vêm sofrendo com um problema crônico na cidade: descarte irregular de lixo em terrenos baldios. A prática se repete dia após dia em diversos bairros da Capital, nas sete regiões. E na Rua Gaudilei Brun, não é diferente: lixo orgânico, embalagens plásticas, animais mortos, folhas, galhos e restos de móveis danificados fazem parte da ‘paisagem’ urbana da região.
Conforme relatos ouvidos pelo Jornal Midiamax, a situação causa incômodo, pois além de ser desagradável visualmente, o lixo acumulado também exala odores ‘insuportáveis’, que afastam clientes dos comércios e causam desconforto no dia a dia, conforme descrevem os moradores. O terreno em questão é localizado ao lado da Escola Estadual Profª Zélia Quevedo Chaves.
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Morador da região, o comerciante Josiel Caramalac, de 56 anos, relata que o problema começa nos próprios moradores, que se aproveitam do terreno baldio para descartar lixo de forma irregular. Para ele, a problemática é uma questão cultural e de educação, e não terá solução enquanto não houver empatia.
“Eu tenho que olhar para o meu próximo, para o meu vizinho, e ver que aquilo que eu não quero na frente da minha casa, eu não devo colocar na frente da casa do outro. Isso é questão de educação”, expressa.
Josiel descreve que, além de animais mortos e resíduos orgânicos e sólidos, também é feito descarte de folhas e galhos, oriundos da limpeza de quintais de residências próximas. “A situação aqui é constrangedora porque os próprios moradores do bairro não cooperam com o sistema público. Nós que somos comerciantes, que somos moradores aqui em frente a esse espaço, somos os que sofremos por isso”, completa.

A comerciante Natalia Rodrigues Fernandes, de 22 anos, relata que abriu sua loja na região há cerca de um ano, e o acúmulo de lixo, além do mau cheiro, incomoda bastante. Ela também cita que o fato de não haver iluminação deixa os moradores mais ‘confortáveis’ para jogar lixo de forma irregular.
“Tá ficando bem complicado por causa do cheiro que tá vindo, é um cheiro muito forte. E como é escuro aqui, tá todo mundo passando e deixando lixo. Acho que tem que dar uma atençãozinha aqui, porque tá complicado, ainda mais que é uma área comercial, uma área de escola, e passa bastante gente”, relata a mulher.
Também dona de um comércio na região, Terezinha Regina Rodrigues Batista, de 59 anos, denuncia que jogam de tudo no terreno, inclusive animais mortos. Essa prática prejudica, inclusive, o comércio. “A gente que tem o comércio está se sentindo prejudicado, porque o mau cheiro é insuportável. Essa semana eles jogaram um bicho morto. Eu tive que pôr os clientes para dentro e ligar o ventilador, porque não tinha condições de atender ali no ponto de açaí”.

A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que faz um trabalho contínuo de limpeza em aproximadamente 400 pontos de descarte irregular de lixo na cidade. Em média, o serviço é executado a cada 3 ou 4 meses.
“Em média são necessários dois dias de serviço e mais de 22 viagens dos caminhões usados no transporte do material coletado. A situação só poderá ser controlada com a ajuda da população, que deve ligar para o 153 e denunciar aqueles que jogam lixo e entulho em locais proibidos”, resume a nota encaminhada à imprensa.





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