O Ministério Público de Mato Grosso do Sul destinou mais de R$ 369 mil para pagamento de diárias a servidores em viagens apenas no mês de junho. A relação das indenizações pagas foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, 17 de julho, e registra 88 sigilos de informação.
Foram apontados cerca de 287 registros de diárias no período. Mais de 18% dos valores investidos foram para custear viagens para destinos fora do Estado como São Paulo, Brasília, Belém, Salvador, Natal e Belo Horizonte.
Com esses deslocamentos, apenas em diárias, foram gastos R$ 68.848,41. O valor não inclui o custo de passagens aéreas, que totalizaram R$ 45.611,85 também pagos pelo órgão.
As viagens fora de Mato Grosso do Sul tiveram finalidade de levar promotores, procuradores e assessores especiais para participação em eventos, cursos, reuniões e encontros institucionais nos estados de destinos.
Diárias sigilosas
Com diárias e deslocamentos considerados sigilosos, o MP de Mato Grosso do Sul gastou cerca de R$ 57,6 mil.
As agendas foram todas realizadas dentro do Estado e a contenção das informações é amparada em decisões deliberadas pela Procuradoria-Geral Administrativa.
Detalhes
Ao analisar os objetos das diárias pagas, chamam atenção alguns detalhes que podem passar despercebidos pelo contribuinte.
Por exemplo, diárias pagas a servidor para realizar o transporte de funcionários de empresas terceirizadas contratadas pelo Ministério Público, cujo contrato, em teoria, já deveria prever a garantia de prestação do serviço sem onerar ainda mais o caixa da entidade.
Outro ponto são os valores pagos por passagens a destinos corriqueiros dos campo-grandenses, como Brasília e São Paulo. Enquanto numa cotação prévia o bilhete aéreo para esses destinos iniciam com valores a partir de R$ 780,00 ida e volta, membros da elite do MPMS pagam mais de R$ 6,4 mil por passagens de ida e volta à Capital federal saindo do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Chamou atenção também um dos registros do mês, em que um assessor ligado ao Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, teve garantido deslocamento de avião para evento em Bonito, cidade distante 259 km de Campo Grande. Contudo, não houve dispensação de gastos para passagem. Para custeio de uma diária, apenas, ao servidor durante a agenda, o MPMS gastou R$ 1.394,85.
Outro servidor de patente inferior também esteve na mesma agenda, mas teve o deslocamento registrado em veículo oficial, e pela diária paga, o gasto foi de R$ 557,02, 39.9% abaixo do custo com o promotor lotado no gabinete do chefe do MPMS.
💬 Receba notícias antes de todo mundo
Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.
***