Após deixar passageiros correndo risco e fazendo muitos motoristas pagarem por acidentes envolvendo os ônibus, o Consórcio Guaicurus finalmente deve contratar o seguro de veículos, algo que já constava no contrato da empresa com o Executivo, mas não estava sendo cumprido.
Uma CPI (Comissão Processante de Inquérito) que investiga irregularidades do Consórcio Guaicurus, desde março deste ano, já havia informado, durante as oitivas, o não cumprimento do contrato por parte da empresa responsável pelo transporte coletivo de Campo Grande.
O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio do União Brasil, ressalta que a contratação do seguro é, também, uma vitória da CPI. Durante uma das oitivas, João Resende disse que se mantém na diretoria do Consórcio após deixar o cargo de presidente das empresas. Após responder questões sobre a frota antiga e admitir que não irão renovar os ônibus, Resende afirmou que não possuem seguro.
Maicon Nogueira (PP) lembrou que o Consórcio não possui seguro para acidentes com terceiros. O ex-diretor, por sua vez, concordou e disse que as empresas indenizam o motorista do carro de passeio, se houver necessidade.
Também durante uma das oitivas, ex-funcionário revelou que motoristas são cobrados por acidentes que envolvem os ônibus do Consórcio. “Já aconteceu de fazerem o motorista pagar o prejuízo com desconto na folha de pagamento dele?”, perguntou Maicon. “Sim”, cravou Resende.
Então, o membro do Consórcio destacou que “não é comum, porque não causamos tantos acidentes assim, mas está dentro do contrato. É normal”, considerou.
Ademais, confessou que, apesar de não usarem, o seguro é previsto no contrato. “O seguro só sobre se nós realmente demos causa, o seguro é uma exigência contratual e está sendo muito debatido”.
“85% das ocorrências que acontecem com ônibus estão abaixo do valor da franquia. Caso seja o motorista culpado, a própria seguradora tem direito de regresso. Não temos nenhuma dúvida de que estamos cumprindo as regras do CLT”, citou na oitiva.
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