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Dez anos após transplante de rim, Vanildo celebra a vida ao lado de doadora do órgão

Vanildo recebeu órgão de sua esposa, Fabiana, e hoje eles celebram a oportunidade de continuarem vivendo juntos
Monique Faria -
Vanildo e Fabiana, transplante de rins
Vanildo e Fabiana celebram 10 anos de transplante de rim. (Arquivo Pessoal)

Há 10 anos, um transplante de rim permitiu que Vanildo Pereira dos Santos, de 57 anos, reescrevesse sua história. Desde que foi realizada, no dia 21 de julho de 2015, na Santa Casa de , a cirurgia permitiu uma nova vida para o sul-mato-grossense.

Nascido em , Vanildo atuava como soldador na época em que descobriu a paralisação de seus rins. Ele conta que a notícia de que precisaria fazer hemodiálise o pegou de surpresa, assim como a seus familiares. Contudo, sem entender a gravidade de seu quadro clínico, pensou que o tratamento seria breve.

“Entrei na máquina de hemodiálises e, até então, achei que era um tratamento que eu faria uma sessão e voltaria ao normal, mas não foi nada assim. A partir daquele momento, eu fiquei dependente de uma máquina, três vezes por semana, fazendo hemodiálises”, lembra.

Foi neste ponto do tratamento que Vanildo descobriu que a única forma de ficar livre das sessões de hemodiálise seria realizando o . A notícia fez com que o soldador se mudasse para Campo Grande, onde fica localizada a Central Estadual de Transplantes de .

Ao chegar à Capital, entretanto, teve uma nova descoberta: os transplantes não estavam sendo realizados. O fato lhe causou grande ansiedade e preocupação. Mas logo foi informado de que as cirurgias voltariam a ser realizadas. “Isso criou uma expectativa maior no meu coração”, conta.

Doadora estava ao seu lado o tempo todo

Em meados de 2015, Vanildo chegou a ser hospitalizado. Neste momento, os membros da igreja a qual frequentava fizeram uma corrente de orações em favor de sua melhora. “Quando eu estava internado, a Igreja orava”, recorda.

Segundo Vanildo, em resposta aos clamores dos fiéis da igreja, Deus realizou uma transformação em sua esposa, Fabiana da Rocha de Santos, para que pudesse doar um rim ao marido. “Foi algo assim, sobrenatural”.

Hoje, com 57 anos, Vanildo é pastor evangélico e vive uma vida que até mesmo profissionais da saúde se questionavam se ele teria. “Eu sinto que a mão de Deus está sobre a minha vida e sinto a alegria de poder estar com a minha esposa e minha família, porque já havia possibilidade de não ter uma vida tão longa como eu já tenho”, explica.

O transplante permitiu ao pastor retomar sua vida anterior às complicações nos rins e, principalmente, a continuar escrevendo sua história de amor com Fabiana. Uma das atividades que se alegram em poder realizar é viajar para onde desejarem. “Antes eu ficava preso àquela máquina, mas agora tenho total liberdade”, comemora.

Vanildo e Fabiana transplante de rim
Transplante de rim permitiu que Vanildo e Fabiana continuassem história de amor. (Arquivo Pessoal)

Doação de órgãos salva vidas

Em Mato Grosso do Sul, o serviço de transplante renal está ativo há 30 anos, com procedimentos realizados em unidades habilitadas como a Santa Casa de Campo Grande.

Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), somente em 2025, foram registrados 36 doadores efetivos no Brasil, possibilitando a captação de 72 rins. Desse total, 11 rins foram transplantados em Mato Grosso do Sul. Os demais foram destinados a outros estados.

Dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde revelam que, em 2024, foram realizados 6.325 transplantes de rim em todo o território brasileiro. Deste total, 28 ocorrem em Mato Grosso do Sul. O número praticamente se manteve o mesmo em relação a 2023, quando foram registrados 29 transplantes de rim no Estado.

Atualmente, o Estado possui 234 pacientes na fila de espera por um transplante de rim, segundo a SES. Quem recebe uma nova chance de viver, através do transplante de órgãos, sabe a importância da doação e torce por aqueles que aguardam também por uma oportunidade.

“Se não fosse a doação de órgão em si, eu não estaria aqui contando a história. Quantas pessoas estão no mundo inteiro contando uma história e tendo um final legal porque alguém se compadeceu e doou o órgão. Isso é muito importante”, afirma Vanildo.

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