Já ouviu falar do Baratão de Corumbá? Animal pica humanos e vive no Pantanal

Você já ouviu falar na barata d’água? O famoso ‘baratão de Corumbá’ é encontrado no Pantanal de Mato Grosso do Sul e em diversos lugares do mundo, como Ásia e Canadá. Eles atingem cerca de 12 centímetros e sua picada causa bastante incômodo, apesar de ser raro acontecer um acidente com o animal.

Sabemos que baratas são insetos que causam repulsa em muita gente e são até motivo de fobias de algumas pessoas, mas você não deve se preocupar, apesar do nome, o baratão de Corumbá não é uma barata, ela é uma espécie de percevejo que habita lagos e córregos.

Também conhecidas como escorpião-de-água, pica-dedo, arauemboia e bota-mesa, a barata d’água é vista como uma iguaria gastronômica em países do Sul e Sudeste Asiático, como Tailândia e Vietnã.

O baratão de Corumbá têm até 12 centímetros de comprimento e possuem uma coloração castanha, além de asas — o que contribui para que ela seja confundida com uma barata.

Além disso, as baratas d’água tem um corpo largo e chato, pernas posteriores achatadas para natação — apesar de não serem consideradas boas nadadoras — e pernas frontais adaptadas para agarrar suas presas.

Qual o habitat natural da barata d’água?

As baratas d’água são animais aquáticos e, por isso, habitam lagoas de água doce, córregos e até mesmo pântanos. 

Elas se escondem debaixo das vegetações que existem na superfície da água.

Esses insetos são considerados predadores aquáticos, e se aproveitam de corpos de água que têm movimento lento para caçar suas presas.

Em que países a barata d’água se encontra?

A barata d’água é comumente encontrada em países como Estados Unidos e no Canadá.

Existem países nas quais elas são consideradas iguarias culinárias, como Vietnã e Tailândia.

O que a barata d’água come?

A barata d’água se alimenta de animais aquáticos. Lesmas, girinos, salamandras, peixes, caramujos e outros insetos estão entre suas presas.

Para comer, as baratas d’água usam suas pernas posteriores como garras para agarrar a presa e injetam um líquido com suas presas — que, semelhantes às dos pernilongos, servem tanto para picar quanto para sugar.

Esse líquido é uma saliva que dissolve o interior da presa, fazendo com que as baratas d’água se alimentem dos líquidos que se transformam dessa mistura. 

Como a barata d’água se reproduz?

As baratas d’água costumam acasalar durante a noite. Para isso, ela sai de seu habitat e começa o movimento de acasalamento, no qual o macho faz um movimento padronizado que gera ondulações na superfície da água, atraindo a fêmea.

Essa cópula acontece na primavera e os ovos resultantes dela podem ter dois destinos, de acordo com a espécie de barata d’água: em uma delas, eles são colocados em plantas aquáticas ou em outras matérias vegetais em estado de composição; em outra, as fêmeas depositam os ovos nas costas dos machos, que carregam eles até o momento da eclosão.

Acredita-se que os machos são responsáveis por carregar os ovos dos filhotes para evitar que eles consumam esses ovos. Colando-os às suas costas, o acesso se torna quase impossível e acaba evitando que o consumo aconteça.

Os machos não podem voar ou acasalar com outras fêmeas durante o período em que os ovos são carregados por eles; por outro lado, as fêmeas podem acasalar novamente após botarem os ovos.

A barata d’água oferece risco para seres humanos?

Sim, a barata d’água pica seres humanos, mas sua picada não é perigosa para eles.

Por viverem em lagos e córregos com corrente calma, é comum que humanos acabem frequentando esses locais e, ao se sentirem ameaçadas, as baratas d’água ataquem eles, picando os pés e os dedos dos pés das pessoas — e é daí que vem o nome pica-dedo, pelo qual esses insetos também são conhecidos.

Porém, no momento da picada, a barata d’água acaba injetando sua saliva na presa e isso pode acontecer com humanos também. O problema é que essa picada, apesar de não oferecer risco, é dolorosa e pode causar irritação na pele e até mesmo bolhas.

Por isso, caso você seja picado por uma barata d’água, é preciso buscar atendimento hospitalar para conseguir as orientações de como lidar com a picada e como aliviar os sintomas.