Oficina ensina a reaproveitar 100% do lixo orgânico doméstico
PMCG Já pensou em aproveitar todo o lixo orgânico que você produz? E ainda utilizá-lo para produzir alimentos de forma sustentável? Isso é possível sim! Todo o lixo orgânico que produzimos em nossas casas podem se transformar em adubo orgânico para ser usado em hortas e nutrir a terra. A técnica de compostagem, que estimula […]
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Já pensou em aproveitar todo o lixo orgânico que você produz? E ainda utilizá-lo para produzir alimentos de forma sustentável? Isso é possível sim! Todo o lixo orgânico que produzimos em nossas casas podem se transformar em adubo orgânico para ser usado em hortas e nutrir a terra.
A técnica de compostagem, que estimula a decomposição de materiais orgânicos por organismos heterótrofos aeróbios, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais formando assim um solo humífero foi ensinada nesta quarta-feira (23), durante uma oficina no Cea Polonês. A atividade integra as diversas ações da Semana do Lixo Zero, que acontece entre os dias 18 e 27 de outubro.
Presidente do Conselho Gestor do Fundo de Apoio à Comunidade – FAC e primeira-dama, Tatiana Trad, explica que a oficina é muito importante por ensinar a reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso dos resíduos. No caso da compostagem, explica, ainda estimula-se o manejo ambientalmente saudável da produção de alimentos, com produtos de origem orgânica.
“Nós somos responsáveis pelo nosso lixo, e precisamos ter uma consciência individual e global sobre aquilo que acontece com ele. A reutilização do lixo orgânico pode ser feita desde a menor escala, como pequenas hortas ou jardins. E essa mentalidade precisa ser estabelecida no ceio familiar. Dessa forma, teremos uma próxima geração mais consciente, responsável e atuante no âmbito ambiental”, conclui.
Do Espaço Plantare, empresa que promoveu a oficina, em parceria com a Prefeitura de Campo Grande, Ana Cláudia Delgado Bastos Braga, explica que a oficina de compostagem doméstica objetiva resolver o problema do lixo na fonte.
“Eu enquanto individuo vou minimizar ou resolver este problema na minha casa. Mesmo quem não tem horta pode fazer, mas quando faz a compostagem você vai querer dar um destino, uma finalidade”, conta a composteira sobre o incentivo que a compostagem dá a produção sustentável.
Ela explica ainda que todo lixo orgânico deve se tornar compostagem, por não ter função alguma nos aterros, nos lixões e em qualquer lugar.
“Nem em cima da pia deve ficar. Ele deve voltar para o solo, ali que ele se torna o alimento do alimento”, pondera.
Professora de Educação Física da Semed, Ana Paula Lambi, participou da oficina e diz que aprendeu que tudo está integrado.
“Todos nós somos educadores. Temos a nossa profissão como pedagogas, mas somos educadores. Então a importância do catador de lixo, a importância de eu descartar o meu resíduo que tem um destino, que gera emprego para as pessoas catadoras de lixo. Então nós entendemos que nós fazemos parte do meio ambiente e temos que preservá-lo e mantê-lo, por meio da minha ação, da ação de cada um de nós”, frisa.
O professor Rodrigo Borghesan, coordenador de projetos da Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho, conta que sua unidade escolar já faz a compostagem, mas aperfeiçoar a técnica vai melhorar o projeto de horta comunitária realizado no local.
“A importância de oficinas como esta, principalmente no nosso caso, é melhorar as nossas práticas de compostagem. Nós já realizamos a compostagem na escola. Então isso traz para nós mais informação, técnicas, maneiras, formas, tanto de fazer, como de apresentar, para o aluno, de maneira que ele se sinta estimulado a praticar. Existem inúmeros desafios dentro disso. São questões de hábito, de incorporar isso na vida do cidadão de um modo geral, não só do aluno, mas do professor, de toda a comunidade escolar é um grande desafio”, diz.
Para ele é inquestionável a importância de dar um destino correto resíduo, não como um lixo, mas como matéria prima secundária.
“Nesse caso, uma matéria prima fantástica para a horta. Então a proposta é que consigamos fazer todo um trabalho vinculado à horta, através da compostagem”, explica.
A oficina vai ao encontro das metas 2 e 12 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), um compromisso da Prefeitura de Campo Grande com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses ODS têm como propósito: estimular a compostagem urbana e dar subsídio para as pessoas entenderem a importância de reduzir o próprio lixo foram alguns dos temas; e assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis, além de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
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