Um estudo revelou que a cidade de Paranhos – a 477 quilômetros de Campo Grande – tem média de homicídios quase quatro vezes maior do que a média nacional. De acordo com o levantamento do IDESF (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras), o índice de homicídios de Paranhos é de 109,7, quase quatro vezes a média nacional, que é de 27,85 mortes para cada cem mil habitantes.
O levantamento prossegue com o número de mortes por armas de fogo no município, que é de 58,51, quase três vezes a incidência de 20,31 registrada no País. Em Porto Murtinho, a taxa de reprovação do ensino médio chega a 31%, mais do que o dobro do índice médio brasileiro de 11,90%.
Deve-se considerar que o índice brasileiro é um dos mais altos do mundo e continuou crescendo nos anos seguintes, 2017 e 2018. A vizinha Argentina, por exemplo, tem índice de 4,7 e países europeus, como a Alemanha e a Espanha, têm menos de um homicídio a cada 100 mil habitantes.
O estudo leva em consideração como como ‘cidades gêmeas’ os municípios situados na linha de fronteira, seca ou fluvial, integrados ou não por obras de infraestrutura, os quais apresentam grande potencial de integração econômica e cultural. No Brasil, elas são 32 e estão situados nas fronteiras de nove estados.
De Mato Grosso do Sul, foram incluídas no estudo as cidades gêmeas de Bela Vista, Coronel Sapucaia, Corumbá, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã e Porto Murtinho. A análise dos quatro eixos de desenvolvimento – educação, saúde, economia e segurança pública – demonstrou em números que realidade nessas regiões é bem mais dura do que a média nacional.
O estudo completo pode ser acessado no link
