Dez policiais militares de já estão presos e foram levados para a Corregedoria da Polícia Militar da Capital com a deflagração da Operação Oiketikus, contra a no Estado.

A ação, deflagrada nesta quarta-feira, teve ainda outros policiais presos de cidades do interior do Estado, como Bonito, Guia Lopes de Laguna e Jardim. Eles devem ser trazidos para a Capital.

Ao todo, a Corregedoria da Polícia Militar e o (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriram 66 mandados, sendo 21 de prisão e 45 de busca e apreensão.

Entre os alvos estão oficiais e praças da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, incluindo comandantes de unidades em municípios do interior.

O nome da operação é uma alusão ao “bicho cigarreiro”, lagarta que constrói uma estrutura com seda que tem o formato similar ao de um cigarro.

Apreensões e depoimentos

Documentos e armamento apreendidos durante a operação foram levados para a Corregedoria e uma caminhonete da Força Nacional chegou à Corregedoria carregada de pneus.

Um PM fardado chegou algemado e sua arma foi apreendida e colocada em um saco. Ele foi o único preso fardado, os outros estavam com roupas de civis.
Pelo menos três policiais já prestaram depoimento a um oficial da Corregedoria e a um representante do Gaeco.

Máfia dos cigarreiros

Em abril deste ano, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o contrabando de cigarros. A ação foi batizada de “Homônimo”, e ocorreu nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Em Mato Grosso do Sul foram cumpridos mandados em Naviraí e Iguatemi.  Foram expedidos pela Justiça 35 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 45 mandados de busca e apreensão, 32 de bloqueios de bens.

A investigação teve início em agosto de 2017, e apontou que a quadrilha sonegava mais de R$ 14 milhões em impostos e faturava R$ 2 milhões com a venda da mercadoria ilegal.

Em fevereiro deste ano, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu carga com 700 mil maços de cigarros contrabandeados em Coxim, cidade distante a 260 quilômetros de Campo Grande. A carga foi avaliada em R$ 3,5 milhões. O motorista informou que pegou o carregamento no Paraguai e levaria para a cidade de Goiânia (GO), onde receberia o pagamento pelo transporte.

Prisões

Em dezembro de 2017 no Estado, sete policiais militares foram presos por envolvimento na chamada “Máfia do Cigarro”. O esquema envolvia suposta cobrança de propina por policiais de Mato Grosso do Sul para permitir a ação contrabandistas de cigarros. Na data, o grupo era suspeito da cobrança de R$ 150 mil para a “liberação” de um caminhão com carga de cigarros contrabandeados do Paraguai.

 

(Foto: Marcos Ermínio)