Cientista descobriu evidências da existência de matéria escura nos anos 1970
Morreu neste domingo (25) em Nova Jersey (EUA), aos 88 anos, a astrônoma americana Vera Rubin, reconhecida por ter descoberto, evidência da existência da chamada matéria escura. A morte foi confirmada por uma neta da cientista em sua conta do Facebook nesta segunda-feira (26).
Rubin observava os movimentos e rotação da Galáxia Andrômeda quando notou que as estrelas na borda da galáxia espiral se moviam em uma velocidade inesperada, que não poderia ser explicada com cálculos que apenas considerassem a matéria visível. Ela propôs então a existência de uma matéria invisível que estava impactando no movimento de rotação das galáxias: a matéria escura.
O interesse de Vera Rubin pela astronomia começou ainda na juventude, quando seu pai a ajudou a construir um telescópio. Depois de concluir os estudos, ela tentou matricular-se como estudante de pós-graduação na área na Universidade de Princeton, mas foi impedida por ser mulher. Procurou, então, outras prestigiadas instituições americanas, as universidades de Cornell e Georgetown. Suas pesquisas lhe renderam diversas condecorações e ela foi a segunda mulher a integrar a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
Admirada e respeitada pela importância de seus estudos, Vera Rubin era frequentemente citada entre os mais cotados para receberem o Prêmio Nobel de Física.
Nas redes sociais, colegas e admiradores lamentaram a morte da cientista e classificaram como uma injustiça o fato de ela não ter sido laureada com o Nobel.