Vereadores tentam, mas não conseguem derrubar moção a direitos conquistados por transexuais

Uma moção de congratulação apresentada pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS), assinada em conjunto com os vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Eduardo Romero (PTdoB), dividiu os vereadores na sessão desta quarta-feira (17), última antes do recesso. Contrários a moção, os vereadores evangélicos pediram votação nominal, mas foram vencidos por 12 a 6. A moção foi proposta […]

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Uma moção de congratulação apresentada pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS), assinada em conjunto com os vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Eduardo Romero (PTdoB), dividiu os vereadores na sessão desta quarta-feira (17), última antes do recesso. Contrários a moção, os vereadores evangélicos pediram votação nominal, mas foram vencidos por 12 a 6.

A moção foi proposta em homenagem ao decreto publicado pelo governador André Puccinelli (PMDB) que garante aos travestis e transexuais o direito de usar um nome social nas instituições públicas. Ao preencher algum cadastro de serviço público, a pessoa indicará o nome civil, que consta nos documentos oficiais, e o nome social, pelo qual se reconhece e deseja ser chamada.

A vereadora Luiza Ribeiro defendeu a aprovação da moção e anunciou que apresentará um projeto em Campo Grande para que a população também possa garantir o direito. A moção teve voto contrário dos vereadores: Ayrton do PT, Gilmar da Cruz (PRB), Juliana Zorzo (PSC), Elizeu Dionízio (PSL), Rose Modesto (PSDB) e Coringa (PSD), mas foi aprovada.

Reincidente

Esta não é a primeira vez que uma moção da vereadora, que envolve homossexuais, causa polêmica na Câmara. No dia 3 de abril os vereadores ligados a igreja católica e evangélica protestaram contra a moção de congratulação da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) para a desembargadora Tânia Garcia de Freitas, que em decisão no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, reconheceu no estado a união civil de pessoas do mesmo sexo. Na ocasião a votação foi aberta, com 15 votos favoráveis e 10 contra.

Luiza justificou que a moção reconhecia uma decisão histórica para o Estado, mas vereadores foram contrários e pediram votação nominal. Siufi, que hoje apresentou a moção de apoio a Puccinelli, foi contra a outra moção, por entender que ela estimulava o ato: “Não vejo porque parabenizar e estimular”.

A moção anterior teve votos contrários dos vereadores: Alceu Bueno (PSL), Paulo Siufi (PMDB), Gilmar da Cruz (PRB), Ayrton do PT, Flávio César (PTdoB), Cazuza (PP), João Rocha (PSDB), Rose Modesto (PSDB), Coringa (PSD) e Elizeu Dionizio (PSL).

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