Assessoria
Para estreitar a relação da enfermagem com gestantes o enfermeiro, Dr. Welton Pereira Félix, da UBSF (Unidade Básica da Saúde Familiar) do Mata do Jacinto criou, em abril deste ano, um grupo de whatApp com 25 mulheres. Além de conversarem tudo sobre maternidade uma corrente solidaria acaba se firmando entre as participantes que usam o aplicativo.
As gestantes do grupo são atendidas pelo NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), o núcleo amplia a capacidade de resposta à maior parte dos problemas de saúde da população na Atenção Básica que conta com uma equipe multidisciplinar formada por nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, psicólogos e agentes de saúde.
Toda primeira sexta-feira de cada mês as gestantes participam de uma roda de conversa realizada no UBSF Mata do Jacinto. Essa roda tem por objetivo acompanhar as futuras mamães tirando todas as dúvidas sobre o parto e os cuidados com o recém-nascido.
De acordo com Welton Pereira, a ideia de criar o grupo pelo whatsApp surgiu depois que ele acompanhou uma palestra. “As gestantes precisam de uma atenção especial, principalmente aquelas em situação de risco. Conversamos sobre o puérperio e a puericultura, sanando todas as dúvidas sobre os cuidados que as mães devem ter com seus filhos”, comentou.
“Assim conseguimos acompanhar as mães e as crianças principalmente no puerpério, que é um período em que a mulher fica reclusa e precisa de mais atenção”, completou o enfermeiro.
A puericultura é o momento em que se promovem os cuidados à saúde do recém-nascido através de uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com suas particularidades. O puerpério é o nome que se dá à fase pós-parto em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas.
“No aplicativo apenas tiramos as dúvidas, se porventura alguém estiver com problemas mais graves nós marcamos uma consulta na unidade de saúde”, explicou Dr. Pereira.
Shantala
E em umas dessas conversas no App (Aplicativo) com as mães Welton teve uma ideia juntamente com a equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família Mata do Jacinto. A ideia era trazer uma massagem de origem indiana trazida ao ocidente pelo médico francês Frédérick Leboyer na década de 70 chamadas de Shantala. O principal foco da massagem é fortalecer o vínculo do bebê com seus país. O tema começou no App (Aplicativo) e assim foi discutido e executado em uma das rodas de conversa.
De acordo com a especialista em terapia ocupacional, Thaíse Maria Fonseca, a massagem indiana serve também para verificar os estímulos sensoriais da criança. “Enquanto o procedimento é realizado o país conversam com seus filhos e assim verificamos como está a audição, visão e parte tátil da criança”, explicou.
Thaíse afirma que a parceria com a equipe de enfermagem é fundamental para que o trabalho seja realizado. “A enfermagem é parceira, pois a equipe tem todo o controle dos processos de saúde da unidade. É uma combinação bem forte, pois temos que falar a mesma língua, levando em consideração que o puerpério é uma fase delicada”, acrescentou.
Solidariedade e reciprocidade
O grupo, além de tirar todas as dúvidas das mães, também serve de um meio para desenvolver a solidariedade. “Elas [as integrantes do grupo] acabam que ajudando umas as outras com doações. Aquelas que têm algum produto ou objeto que não usam mais doam para outras mães que têm esse contato pelo aplicativo”, afirmou Welton.
Uma das integrantes a gestante, Sonaly de Almeida, grávida de seis meses, disse que nunca viu um atendimento tão eficaz como o que existe na equipe do Mata do Jacinto. “É a minha terceira gravides e eu nunca tinha sido atendida por um grupo de enfermagem como esse. A reciprocidade deles é incrível”, parabenizou.
