Último caso de febre amarela em MS ocorreu em Bonito

Paranaense não vacinado contraiu doença na cidade

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Paranaense não vacinado contraiu doença na cidade

O último caso de febre amarela registrado em Mato Grosso do Sul ocorreu em Bonito – cidade na região sudoeste, a 300 km da Capital -. O caso aconteceu em 2015 e quem contraiu a doença foi um paranaense de 32 anos, que viajou até a cidade turística e não era vacinado, de acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde). A cidade voltou a levantar suspeitas nesta semana. Isso porque um turista de Blumenau, Santa Catarina, esteve em Bonito entre os dias 25 de dezembro e 2 de janeiro. Suspeito de ter contraído febre amarela, ele aguarda os resultados dos exames, que são monitorados pela SES.

Anterior ao caso do paranaense, o último registro da doença no Estado foi em Corumbá – 444 km de Campo Grande – na zona rural, em 2010. A doença foi contraída por um homem de 39 anos que também não era vacinado, conforme explicou a Secretaria. Os dois casos resultaram em mortes, segundo declarou a assessoria de imprensa da SES.

Em Bonito, o prefeito Odilson Arruda Soares (PSDB), nega que o turista possa ter adquirido febre amarela no município. “Nós estamos desenvolvendo o trabalho da municipalidade, principalmente na secretaria de saúde e eu acredito que não foi aqui não que ele adquiriu. Pode ter certeza, porque até agora, não foi apresentado nenhum surto aqui em Bonito e nenhum caso até o presente momento”, declarou.

Já em Corumbá, a Secretaria Municipal de Saúde convoca a comunidade para imunização de vacinas que não estejam em dia. Uma das vacinas oferecidas pela saúde municipal é de febre amarela. De acordo com a administração municipal, a população corumbaense pode encontrar as vacinas em 9 unidades de saúde do município. Confira a lista aqui.

Entenda a vacinação

Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da saúde, Carla Domingues explica que a vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de aproximadamente 95%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura.  “Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo, entre outros. Portanto, mesmo em um momento de intensificar as ações de vigilância da febre amarela, é necessário orientar a população quanto à necessidade de se vacinar”, explica ela. Entenda:

Esquema de vacinação – A coordenadora orienta que duas doses, tanto para adultos quanto para crianças, são necessárias. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina, Mato Grosso do Sul integra a lista de áreas.

Contraindicação – “A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o risco de eventos adversos”, explica Carla.

Crianças – De acordo com a coordenadora, a vacina para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). “Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar junto com a febre amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. A criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois”, explica.

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